domingo, 22 de setembro de 2013

O gerúndio de nós dois.

[Leia ao som de The Scientist - Coldplay]

É do seu bom dia logo cedo que eu sinto falta. De rir sozinha quando você buscava um motivo qualquer para falar comigo. Assuntos banais que hoje não existem mais. É o seu desinteresse que tá pegando agora, mexendo com cada terminação nervosa do meu corpo, me afetando profundamente. É não ouvir mais você perguntar se está tudo bem, é não saber mais como foi o seu dia, a sua semana, a sua consulta no médico, o seu dia de domingo.

Neste momento, não é nem a falta das suas mãos na minha cintura que está me consumindo e me deteriorando, é a inexistência das suas palavras. Eu sei, você tem o direito de perder o interesse, mas o meu lado egoísta não entende e não aceita isso.

Hoje eu recebi uma cantada que me fez corar, mas, não foi sua e por não ter sido, ela parece não ter tido efeito algum sobre o meu ego, só serviu para me lembrar que houve um tempo em que eu recebia cantadas similares, de você...

Eu não sei mais sobre as suas preocupações e nem o que tem te feito sorrir, não sei mais sobre as suas conquistas e também decepções. Eu não sei mais quem você é, só sei quem um dia você foi, e você foi... aquele que me tirou sorrisos e também lágrimas. Aquele que me inspirou e incentivou. Aquele que me levou a ter frios na barriga e quenturas nas mãos. Aquele quem hoje, não é mais.

A verdade é que ainda estou me acostumando com a ideia de que o gerúndio entre nós dois, não está acontecendo. Não estamos juntos. Sou obrigada a acostumar com pretérito perfeito e nada mais.


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