Só que não agora.

[Leia esse post ao som de The Calling - Wherever You Will Go]

Eles nasceram para ficar juntos, só que não agora.

Sabe aquelas histórias em que eles se amam, mas,que por alguma brincadeira do destino, não podem ficar juntos? Aquelas histórias em que o final não é agora e somente daqui há alguns vários anos? Então, essa é a história deles, onde o final dela, acontecerá somente em um futuro distante e então não será o final e sim o recomeço.

Essa é a histórias deles. Dele e Dela. Ele e Ela.

Ele é cheio de metas. Ela, vive em dois mundos, entre a vida real e o mundo fantástico. Ele está no 3.0 e ainda busca sentido para a sua vida. Ela, apenas vive, sem se preocupar com o sentido. Ele é prático e lógico. Ela é dramaticamente romântica e sonhadora. Ele segura as palavras e controla sentimentos. Ela é intensa, não suporta fingir não sentir. 

Ele quer conhecer o mundo. Ela fez dele o mundo dela.

Ele acredita que ela é a pessoa certa. Ela se quebra por dentro quando ele diz "na hora errada"

E eles viveram uma história, daquelas que merecia até mesmo um livro, daqueles livros que deixam os leitores torcendo pelo final feliz do casal. Entre eles, existia cumplicidade, entre eles, existia química e eles descobriram que entre eles, existia paixão. 

Ele consegue ver a alma dela através dos seus olhos. Ela consegue ver nele tudo aquilo que ele teme demonstrar. E apesar de todas as diferenças, eles descobriram que tinham muitas coisas em comum, descobriram sonhos parecidos, gostos semelhantes e vontades similares.

Entre uma música e outra, beijos urgentes e olhos fechados, eles se descobriram, apaixonados.

Acontece que a história deles, só poderia dar certo nos livros, onde o "era uma vez" e o "eles viveram felizes para sempre" faz valer a pena cada capítulo vivido. Não, eles não podem ficar juntos, são tão parecidos e diferentes, têm tantos sonhos semelhantes e ainda sim, o destino não os quer juntos.

Eles foram longe, se entregaram, sentiram, se amaram. E quem um dia irá dizer que não tentaram? Agora, como se não tivessem outra opção, eles seguem separados pela trilha do destino com a esperança de que lá na frente, as duas trilhas se encontrem e finalmente eles possam dar um final a essa história. Será o gran finale, digno de um livro. Só que não agora.

Dos sorrisos que não dei.

[ Que tal ler esse post ao som de Radiohead - Creep]

Você me pergunta se está tudo bem entre a gente, digo que sim, você responde dizendo que pareço fria e distante, eu digo que não. E eu minto para você pela primeira vez. Você responde, dizendo que não sorrio mais para você e foi aí que você me pegou...

Você notou... Não tenho mais sorrido para você, há cerca de uma semana, meu sorriso travou no modo fechado, passo por você e ele não vem, diferente de antes, em que não só a minha boca, mas, o meu corpo todo sorria ao te ver. Você notou e eu fiquei feliz por isso, mesmo sabendo que é apenas o seu jeito reparador ser.

E então eu me dou conta de que acabei travando uma guerra invisível contra você, uma guerra de orgulho, a guerra do ego. Do meu ego, que tá ferido, dilacerado, despedaçado, desesperado. É sim, desde que você assumiu ter encontrado um outro alguém, meu ego entrou em um processo lento de definhação, fazendo com que o meu orgulho fosse acionado e a guerra travada.

Sabe aqueles vendedores que batem na nossa parta no sábado cedo para oferecer algo que não precisamos? Então, é meio assim que me sinto em relação a você.

As regras da batalha são claras: Não demonstrar, não assumir para quem sabe um dia, não mais sentir.

Agora, luto para não demonstrar que me importo com você, luto para não assumir o quanto você me faz falta, luto para não perguntar como foi o seu dia e dentro da regra do não demonstrar, acabei criando várias outras regras, como não dar o primeiro passo, não mandar a primeira mensagem, não falar o primeiro oi, não fazer o primeiro elogio. E então, nem por um milhão em diamantes, eu posso dar o primeiro passo novamente, nem por um bilhete premiado, eu posso ser quem eu era antes.

Eu pego o celular e por mais de dez vezes digito o seu nome para lhe mandar uma mensagem e por dez vezes eu apago, eu clico sobre o seu nome na rede social para lhe falar oi quando lhe vejo on e volto atrás, fechando-a em seguida.Você vai achar idiotice, eu sei, mas é que você não está do lado de cá, onde meu ego e orgulho estão totalmente desesperados devido a sua ausência, e foi com a sua ausência que descobri que o orgulho é coisa para idiotas, mas também, às vezes, ele nos faz  não passar por idiotas.

E assim, eu só não quero passar por idiota, e foi por isso que os sorrisos, eu não dei.

Ice Girl

[Leia o post ao som de Mirrors - Justin Timberlake]

Nos vimos, mas não significa que tenhamos nos olhado. Já desconectamos nossos olhares, inevitavelmente, em breve seremos estranhos um para o outro.

Você me chamou de Ice Girl, usou contra mim o apelido que lhe dei há algum tempo, me lembro até hoje de quando o chamei de Ice Man pela primeira vez, você se divertiu e concordou com o novo apelido, e hoje, quem se esforça para ser a Ice Person, sou eu.

Inferno! Você não faz ideia do quanto eu quis falar com você hoje, queria te contar uma novidade que tenho certeza de que se fosse antes, você vibraria comigo, mas, eu não contei. Não o fiz porque me recuso a aceitar que daqui para frente será assim: falarmos um com o outro somente para contarmos as novidades.

Não, eu não quero que me conte só as suas novidades, eu tenho saudades é mesmo do trivial que havia entre nós, é isso que ta pegando, é isso que to superando.

Eu quis te contar sobre a novidade hoje, mas, ontem eu quis te ligar só para dizer que assisti aquele filme que você gosta, semana passada, eu quis te mandar uma mensagem só para dizer que estava ouvindo a nossa música e teve também o dia em que eu quis te ver só pra te contar pessoalmente que pela terceira vez, eu caí tomando banho, pessoalmente porque eu queria ver o seu sorriso maroto, brincando comigo, dizendo que eu não sei tomar banho. Teve também o dia em que eu quis te dizer que eu não estava bem, teve o dia em que eu quis te perguntar se você estava bem, parecia não estar.

Eu quis te contar dos meus novos projetos, eu quis te contar que comprei um vestido novo pensando em você, te contar até mesmo que comprei uma lingerie nova, mesmo sabendo que você não vai mais ver. 

Eu pensei em te mandar um e-mail para dizer que tá doendo, mas isso não é mais novidade, já virou trivial e o trivial, já não existe mais entre nós.

The End - Fin - Ende - Fine - Vazio

[Leia o post ao som de Pink - I Don´t Believe You]

Acabou. De todas as formas que inevitavelmente cheguei a imaginar que acabaria, foi a pior delas. Cheguei a imaginar que acabaria, com você se mudando de cidade, ou estado, ou até mesmo pais, cheguei a imaginar que acabaria porque me interessei por outra pessoa, cheguei a achar que acabaria porque ambos estávamos com medo de sentir o que sentíamos, mas, eu não previ que acabaria da forma como acabou, não me permiti pensar a respeito e agora percebo que me preparei para todas as outras formas de acabar, menos para essa. 

Acabou. Você encontrou outro alguém e com uma imensa facilidade, fez de um ano e meio, meros quinze minutos. Tudo perdeu o sentido, qualquer sentimento que senti, se tornou patético e pequeno. E com indiferença você não me olha. Não, você me vê, mas, não me olha mais. Nossos olhos se desconectaram, perdemos o ponto de ligação, perdemos o texto e o contexto. Nos perdemos. Eu perdi.

Acabou. Fim. Em inglês: The End. Em francês: Fin. Em alemão: Ende. Em italiano: fine. E em meu mundo: vazio.

Acabou. Você apertou a tecla "del" e com uma surpreendente facilidade, apagou aquilo que um dia você mesmo denominou de "nossa história". O "nossa" da frase, hoje não existe mais e o "história", certamente está escrevendo com ela.

Acabou. Então, me ensina a ser indiferente como você, me mostra onde encontro essa borracha capaz de apagar da minha memória e meu coração tudo o que vivemos, me empresta um pouco dessa tinta branca para eu jogar na minha tela mental, tirando dela todas as lembranças e memórias sobre nós dois, porque de todas as formas que pensei que acabaria, acabou com a pior delas: Você encontrando em outro alguém tudo aquilo que eu estava disposta a lhe dar.

Acabou, ou não, talvez, nunca tenha existido de verdade e se não existiu, não pode ter acabado, mas, acabou.

Menina-Mulher

Eu a observo em silêncio todos os dias, Deus, ela cheira tão bem, talvez até seja um desses perfumes que todas as garotas usam, mas nela, ele se torna uma fragrância única e inconfundível.

Ela sabe se vestir como uma mulher, mesmo em um corpo tão pequeno e aparentemente frágil. Ela passa de saia e salto quinze, saia nos joelhos, escondendo aquilo que nos dá vontade de olhar: as pernas. Tem dias que suas unhas estão vermelhas e tem dias que nenhuma cor se faz presente, eu acho isso fascinante, a forma como ela não se preocupa em ser a barbie. Ela também passa de jeans, aquele jeans que aperta algumas partes específicas, mas, ela é tão cuidadosa que sempre que usa o jeans, uma camisa está propositalmente jogada em seus quadris, escondendo aquilo que tanto quero olhar. Ela sabe ser discreta. Menina-mulher.

Às vezes ela passa descabelada, despreocupada e eu seguro o impulso de jogar a sua mechinha fugida para trás da sua orelha, ele me olha e com os olhos, sorri. Eu dou a volta no mundo em fração de segundos. Ela não sabe, mas, meu prazer é vê-la desfilar pelo corredor colorido do shopping. Ela está indo trabalhar, eu, já estou trabalhando, trabalhando arduamente para não inventar uma desculpa para entrar naquela loja de lingerie e ir falar com ela. Posso dizer que quero comprar um presente para a minha mãe, não, isso soaria estranho demais, eu, beirando os trinta, comprando calcinha para a minha mãe? Não vai ser legal.

Droga, das quase duzentas lojas, ela tinha que trabalhar em uma loja de lingerie? Droga de novo, ela tá me deixando atônito com esse vestido verde, quero puxá-la pelo cinto e amarrá-la em mim. Menina-mulher, como é bela.

De hoje não passa, ela passa por mim e eu passo os próximos segundos repetindo mentalmente a palavra coragem. Coragem, dez segundos de coragem e lá vou eu, me deseje sorte porque ela é a menina-mulher mais linda que já vi e nem que eu tenha que comprar uma camisola para dar de presente à minha irmã que não tenho e que está prestes a se casar, eu vou entrar naquela loja.

- Oi, posso ajudá-lo?
- Oi, pode sim. Pega qualquer peça, embrulha para presente porque vou dar para a minha irmã que não tenho e por favor, coloca também um cartão com o seu telefone. Você pode me ajudar?

Ela sorri, me entregando um embrulho pink em seguida. Eu olho para dentro da sacola e vejo o cartão. Sorrio de volta e saio da loja com a certeza de que essa menina-mulher será minha, talvez hoje, talvez amanhã, mas, ela será.

Os negros cabelos dela

[ Leia ao som de Pink - Please Don´t Leave Me]

E ela está no limite entre a sanidade e a loucura. Não sabe se pira, se pula ou se segura.

Ela sorri em todas as fotos que tira e ninguém percebe que uma lágrima solitária teima em escorrer pela a sua face todas as vezes em que ela se lembra dele. Ele, que hoje, nem oi lhe diz mais. Ele, para quem ela se entregou com intensidade e felicidade e que agora parece que tanto faz.

Ela se maquia e se penteia ainda com a esperança de que ele vá olhar para ela mais uma vez, ela espera por isso. A escova desce pelos seus longos cabelos escuros, tão escuros quanto a sua dor, enquanto ela se lembra do primeiro instante em que os olhos dele pararam nos dela, o mundo parou naquele momento, mil borboletas se juntaram e fizeram cócegas em seu estômago. Ela caiu, caiu de amor.

E agora? Agora, ela se perfuma mesmo sabendo que ele não  irá mais falar baixinho em seus ouvidos o quanto gosta do seu cheiro. Agora ela coloca seus saltos e firma a postura, seu coração está partido, mas, ela tem que seguir, ela sabe que não pode desistir.

Ela volta da balada, por várias bocas fora tentada, mas, nenhuma era dele. Ela se joga em sua cama, ainda com seu vestido branco que contrasta com os seus negros cabelos, negros como a sua dor, e ajeita o travesseiro, ajeita o corpo, só não encontra jeito mesmo é para o seu coração, ele está deslocado, se sentindo perdido dentro dela, como se estivesse, em um local inapropriado.

E se ela não o tivesse conhecido? Se ela não o tivesse conhecido, talvez não teria aprendido que amar é se arriscar, é se jogar, é esperar, é sonhar...

E se ela não o tivesse conhecido, ela não saberia o quanto de dor é capaz de suportar, porque pode acreditar, ela é capaz.

E se ela não o tivesse conhecido, ela não teria agora as lembranças para lembrar.

Ela adormece, com seu coração partido, a imagem dele na memória e a lembrança de uma história.

Sonha garota linda dos negros cabelos, sonha porque amanhã é outro dia, outras histórias, outras memórias.

As listras M.Officer do seu humor.

[Você pode ler esse post ao som de Bruno Mars - Just the way you are]

Já reparou como as listras da sua camisa se parecem com o seu humor?

Elas se alternam, assim como a sua inconstância. Azul e branca. Me olha, me ignora.

Cheguei a essa conclusão ao ver você  em sua camisa listrada da M.Officer, aliás, você deve ser o garoto propaganda da marca, porque o vejo de M.Officer azul, de M.Officer xadrez, M.Officer listrada clara, listrada escura e tem também aquela branca, essa eu não sei não se é da marca, mas, que seja, ou que não seja, hoje, eu quero somente falar das listras da sua M.Officer branca e azul... elas me fazem pensar em você.

Tudo o que eu não queria, era pensar em você, mas os padrões da sua camisa não me dão outra alternativa a não ser... pensar em você. Azul e branca, essas são as cores das listras da sua camisa, uma sim, uma não, a polaridade, a maluca alternância,

Ontem, eu era a listra azul, estava presente em sua vida e participava dela, hoje, sou a listra branca, aquela que quase nem aparece. Bem que a sua camisa podia ter mais listras, de outras cores, para que talvez eu tivesse a chance de estar nelas. Está difícil essa alternância de cores. Está difícil essa sua alternância de humor.

Amanhã irei à sua loja preferida, vou comprar uma dúzia de camisas listradas e mandar entregar na sua casa, para que quem sabe no outro dia, você escolha usar uma que tenha várias listras e que me encaixe em alguma delas. Ando me sentindo meio listra ignorada, aquela listra torta que nenhuma camisa quer ter.

Me escolhe vai? deixa eu ser a sua listra cor sim cor não, seja lá quais cores serão e por favor, não me ignora não. Como as listras M.Officer do seu humor.

Apaga a luz e diz baixinho...

[Que tal ler esse post ao som de Pink - Just Give Me a Reason]

Diz que não quer que eu vá, diz que ainda quer tomar comigo aquela garrafa de vinho que comprou para tomarmos na viagem para as montanhas que não fomos.

Tenta pelo menos me convencer a ficar, me segura pelo braço e joga os seus braços na minha cintura, puxando-me para você, tomando-me para si. Sussurra no meu ouvido aquela frase que tanto gosto de ouvi-lo dizer, que eu sou linda.

Apenas diz, eu eu fico.

Esconde a minha bolsa e deita na cama a minha espera, me pede aquela massagem que sempre prometi fazer e não fiz, me leva para jantar em um bistrô só para eu dizer depois que comer, que prefiro mesmo é um bom hot dog de rua.

 Me pede para ficar e me promete noites de amorzinho misturadas ao bom e velho sexo, me leva para ver as estrelas na praia e quem sabe, me amar nas areias. Me pede com jeitinho para eu ficar, me pede com carinho enquanto os lençóis estão sobre nós.

Diz que adora me ver usando aquele vestido que segundo você, valoriza algumas partes do meu corpo, a parte de quando eu estou indo... Me convença com o seu melhor beijo, sorri para mim e faz eu me arrepender por querer ir, porque a dor estrondosa que você causou em mim ainda chicoteia pesado e preciso urgentemente que você tire-a de mim.

Desliga o celular, apaga a luz e diz baixinho que quer que eu fique, não porque você precisa de mim, mas, porque não precisa e por não precisar, te faz ter a certeza de que me quer de verdade.

Novo cafajeste.

Ele é o exemplo do novo cafajeste, aquele cara que pega todas e não esconde de ninguém, sabe? Ele não hesita ao dizer que olha mesmo para a bunda das mulheres com quem trabalha, pelo contrário, fala com orgulho de si pelo grande feito.

Ele faz o tipo solteiro-ninguém-tem-nada-a-ver-com-isso, sempre demonstrando estar de bem com a sua situação emocional: livre e desimpedido. Ele faz o tipo cafajeste-ogro, o cara que não se importa em falar besteiras perto de mulheres, que não se intimida ao lado de uma e diz tudo o que pensa sobre o sexo oposto, na lata, na cara. É assim que todos os vêm, é assim que ele quer que todos os vêm, o que ele ainda não sabe é que eu não caio nessa imagem vendida por ele, eu não a compro, para mim, ele se utiliza da ogrisse e da cafajestagem para se proteger, tenho que admitir, ele interpreta muito bem o solteiro desencanado, pregando que não trocaria a sua liberdade por um relacionamento com cobranças. Ele mente para ele mesmo. Tudo o que ele mais quer é ter um relacionamento, porque no fundo ele sabe que nem em todos os relacionamentos precisam haver cobranças. Ele sabe, mas, finge não se importar.

Sim, é claro que ele é do tipo cafajeste que adora uma rapidinha descompromissada, mas, no fundo da imensidão do oceano de desejos que há dentro dele, ele sabe que não há nada melhor do que uma jornada de amorzinho depois do sexo. Sim, amorzinho, aquilo que se faz devagar, curtindo o momento, ouvindo a música, olhando nos olhos. Ele ama isso, só não sabe como dizer.

No começo, ele pode até representar o macho-alpha, mas, eu sei que o que ele gosta mesmo é que "ela", seja lá quem ela for, domine a situação e se sinta à vontade para ficar a vontade.

Ele é o novo cafajeste, aquele que finge ser o cara mais bem resolvido do mundo com a sua vida de solteiro enquanto que por dentro, ele busca incansavelmente encontrar aquela que será capaz de fazê-lo perder o medo e se render a bom amorzinho após o bom sexo.

Ele é novo cafajeste, o cafajeste romântico.

Irritante camisa preta!

[Que tal ler esse post ao som de James Morrison - You Give Me Something]

Você não sabe, mas já me imaginei milhares de vezes usando a sua camisa preta, aquela, que tanto gosto de vê-lo usar, aquela que me tira suspiros e me faz pensar "Puta que pariu, como ele está lindo!".

É isso mesmo, várias e várias vezes me imaginei usando ela para você, depois de fazermos amorzinho, naquele momento em que estamos relaxando, então, nesse momento, eu me levanto da cama, caminho até a cadeira onde a sua irritante camisa preta está repousada e enquanto você vai ao banheiro, eu a abotoo-a em mim, inalando todo o seu cheiro, armazenando-o em minha mente e deixando nela, o meu cheiro também.

Nas milhares de vezes em que me imaginei fazendo isso, você sai do banheiro e me vê parada, em pé, encostada na parede, olhando para você com vergonha, ainda sem saber que tipo de reação terá ao me ver com ela, seus olhos me fitam com paixão. Você gostou. Eu jogo meus braços em torno da minha cintura, abraçando-me, tentando esconder a minha timidez, você caminha até mim, soltando os meus braços. - Dá uma volta. Você diz. Eu obedeço. E quando termino de virar, você me puxa para você, nossos corpos se encostam e você sussurra em meu ouvido a frase mais clichê de todas - Você é linda. E eu derreto por você não se preocupar em buscar outra frase para dizer o que disse.

Poucos minutos depois, você está desabotoando a sua camisa preta em mim, a sua camisa, que te deixa insuportavelmente lindo, e estamos jogando nossos corpos na cama, deixando a camisa preta no chão, porque não tivemos tempo suficiente para acomodá-la novamente na cadeira.

Ontem você estava usando ela, a irritante camisa preta que te deixa insuportavelmente lindo e ontem eu imaginei mais uma vez essa cena.

Eu, usando a sua camisa preta só para você me dizer que sou linda e tirá-la de mim.

Ontem você estava com ela e me fez suspirar e dizer em pensamento "Puta que pariu, ele está lindo", pena que não posso mais dizer isso a você. Pena que agora, outra pessoa vestirá a irritante camisa preta que te deixa insuportavelmente lindo.

O problema é que a única solução para o meu problema é você!

[Que tal ler esse post ao som de Ana Carolina - Combustível]

Eu tô assim, sei lá. Sabe, quando a gente não sabe explicar o que tá sentindo? É bem assim que eu tô, desde que decidimos o nosso fim, tenho estado dessa forma, em suspenso, alienada ao mundo real.

Eu tô assim, sei lá, perdida nas lembranças, sendo consumida pela saudades, está tudo fora do lugar, minha vida virou um caos, deve ser porque você revelava o melhor de mim e agora esse melhor parece ter desaparecido junto com as suas palavras. Hoje, só o silêncio.

O que está pegando forte mesmo são as noites, sempre dói mais, deve ser porque eu estava acostumada a ter a sua companhia durante a noite, eu tinha você para conversar, pode ser também porque a noite é quando jogo minha cabeça no travesseiro e os pensamentos cavalgam soltos na pista da minha mente, sempre você neles.

Seus beijos... Em que mundo eu encontrarei outro beijo igual ao seu? Outro dia quase me arrisquei a conhecer outra boca, mas, a sua imagem piscou em minha mente e covardemente eu recuei. O problema é que eu não quero outras mãos na minha cintura, não preciso tentar para saber que não será igual, que jamais alguém conseguirá me fazer viajar só por senti-las firme em minha cintura. O problema é que não quero passar horas na banheira, jogando conversa fora, com outra pessoa que não seja você, o problema é que nenhum outro olhar é capaz de me fazer ver estrelas como o seu era.

Eu sei, eu tenho que seguir em frente, mas, o problema é que voltar para trás, para as lembranças de meu corpo enroscado no seu, é melhor do que seguir em frente, onde somente existe o meu corpo, não mais o seu.

Dizem que o tempo resolve tudo, então, eu vou seguir, seja como for, eu vou seguir, vou esperar o tempo fazer a sua parte. Ontem a noite, fiz um acordo com ele, vou me comportar em não te procurar mais e ele vai me ajudar, passando cada vez mais rápido, na verdade, eu havia proposto para ele um acordo melhor, eu queria que ele me deixasse pular as partes chatas dos meus dias, eu queria poder apertar o botão avançar, como naquele filme Click, sabe? Mas, ele não concordou, ele me garantiu que eu sobreviveria à isso, mas, que eu teria que enfrentar cada segundo sem você. Ele disse que eu vou conseguir, estou dando a ele então o crédito de esperá-lo passar.

O que ele não é entende é que o problema é que a única solução para o meu problema é você.

Fim da linha!

[Sugestão de música: Fun. - Carry On]

Dói pensar em você, algo se contrai e se aperta dentro de mim, às vezes o ar parece fugir dos meus pulmões e um grito sufocado me vem a garganta. Dizer que às vezes ainda penso em você, é mentir para mim mesma, porque penso em você a cada minuto do meu dia, as lembranças me dominam, me torturam e ao mesmo tempo me consolam.

Eu estou desesperada, no meu limite, controlando cada nervo do meu corpo e cérebro e te contar isso é a prova do meu desespero e da minha perdição.

Não sei como fui me permitir sentir algo assim, eu me atirei de cabeça em uma armadilha e não posso culpar ninguém por isso, eu me suicidei sem me matar.

Está tão difícil, era só uma brincadeira, eu me sentia segura porque sabia que jamais perderia o controle com você, eu o via como alguém frio, distante, que seria incapaz de fazer eu me encantar, mas droga, o que aconteceu? Você mudou, baixou a guarda, deixou brechas e permitiu que eu o conhecesse um pouco melhor e esse pouco foi o suficiente para me fazer te querer de uma forma louca e surreal.

Lembro-me do medo que sentia de você no começo de nossas conversas, medo do que você fazia eu sentir, mas eu achava que era algo físico somente.

Parece que tudo está desmoronando ao meu redor, tudo a minha volta parece ter virado caos.
Eu crio várias situações com a intenção de ouvir você dizer algo ou fazer algo que me magoe demais e me faça te tirar da minha cabeça e do meu coração, mas parece que nem assim, nem sabendo que logo estará com alguém, apaixonado por alguém, por aquela pessoa que estará em seus pensamentos desde quando acorda até quando vai se deitar, nem esse tipo de pensamento torturante me faz desligar de você.

Dói e tá doendo agora.

Me apaixonar por você não estava nos meus planos, jamais. Estou realmente desesperada, não existem palavras pra expressar o que estou sentindo, talvez, meu olhar consiga dizer de forma mais clara , ou talvez não.

Eu sempre soube que no momento em que eu me apaixonasse por você, seria o momento em que eu iria lhe perder.

Esse momento chegou, o fim chegou, porque me apaixonei e sei o que acontece de agora em diante, você vai se afastar por saber que estou apaixonada, eu vou sofrer por estar apaixonada e por você ter sido o canalha que preciso que seja por ter se afastado, eu vou sofrer, chorar, o aperto em meu peito ainda vai continuar por um tempo e vou me consumir até passar.

Eu não estou escrevendo esse e-mail para me declarar, porque se fosse, eu o faria me afundando em seus olhos cor de caramelo e não por um estúpido e-mail. Estou escrevendo porque sei que é assim que vou afastá-lo de mim, porque acredito no que dizem que quando demonstramos demais, espantamos as outras pessoas. Se eu não consigo me afastar de você, descobri um jeito de fazer você se afastar de mim, você sempre disse que não é bom com os sentimentos, essa é a deixa então...

Você me deu o melhor ano dos meus últimos dez anos, obrigada, valeu a pena cada segundo, não me arrependo, eu sou outra pessoa depois de você e se tivesse que sentir essa dor esmagadora novamente para sentir o prazer desse um ano, eu sentiria. 

E agora é com lágrimas que termino esse e-mai.

Eu me apaixonei e isso significa que te perdi.

Bad Timing

[Sugestão de música para esse texto: Not the rigth day - Lu Alone]

Eu te pedi, para que com jeitinho, você me dissesse a verdade, dissesse que foi tudo ilusão e então, saísse da minha vida como se tivesse saído para ir à padaria e se esquecido de voltar.

Eu te pedi para me tirar dessa nuvem acinzentada em que me vejo, perdida no desejo por você e como resposta, você diz que eu sou espetacular.

Não, eu não sou, porque se eu fosse, eu estaria com você e como pode ver, não estou.

Você me disse que sou a pessoa certa, na hora errada. Usou o termo "bad timing" e é claro, eu não poderia me conformar com essa fala, eu quis saber o verdadeiro significado dela, quis entender quais sentimentos estariam implícitos na frase "pessoa certa" e você, prontamente respondeu dizendo que algumas pessoas se encaixam, combinam, têm química, admiração, e terminou a frase dizendo que poderia ter sido o algo mais.

Droga! Eu queria de verdade ser o seu algo mais. Se tivesse me dado a chance de ser, eu teria sido, eu teria virado o meu mundo de cabeça para baixo, só para ser. Mas, no final da sua resposta, tudo ficou claro e transparente, porque em momento algum você mencionou o sentimento que eu esperava ansiosa para ouvi-lo dizer.

Então, de que adianta, termos química, termos admiração e sermos companheiros se não há o principal: Paixão. Pelo menos não da sua parte.

Então, não sou a pessoa certa na hora errada, é o contrário, a hora é certa, mas, sou a sua pessoa errada.

Então, troca o bad timing pelo wrong person e fica tudo resolvido, sem voltas, sem idas, com lágrimas.

Presta atenção!

Presta atenção cara, não é todos os dias que você vai encontrar alguém como ela, que escolha você ao invés de tantos outros caras melhores que tem por aí. Dá uma olhada na forma como ela sorri para você, cara, ela sorri como se estivesse tendo a visão mais deslumbrante do mundo, mal sabe ela que essa visão, quem tem, é quem para ela olha.

Faz alguma coisa, não sei, se joga na frente do carro dela, se finge de morto, dá a pata de for preciso, mas, faz alguma coisa para não deixá-la ir, porque cara, se ela for, ela não volta.

Posso apostar que, pelo o brilho dos olhos dela ao olhar para você, ela está sentindo aquele gostoso friozinho na barriga, esperando você segurar na mão dela e dizer à ela tudo o que sente. Sim! Diga à ela, cara, ela merece saber, porque ela é daquele tipo de garota que faz a gente perder a cabeça só de olhá-la dançar, ela é do tipo da garota que nos faz ter vontade de passar a eternidade conversado, porque ela tem assunto daqui até o infinito e é fácil acompanhá-la.

Cara, se liga, essa garota não é como as outras, tem algo de especial nela, algo que nos faz ter vontade de descobrir, algo oculto, guardado, trancado. Pega logo a droga da chave que pelo visto, você é o único que tem e abre esse cadeado, desvende-a, liberte-a, ame-a.

Presta atenção cara, ela é o amor da sua vida e você está prestes a perdê-la só porque acha que falar sobre sentimentos é coisa de mulherzinha. Sim, acho que vai perdê-la.

Sorte a minha.

E você, como está?

[Talvez você goste de ler esse post ouvindo Bruno Mars - It Will Rain]

Ei, isso não é "uma carta de amor" eu juro que não. Eu só "tô" escrevendo porque preciso me livrar disso. É só por isso que estou aqui.

Sim, você está fazendo uma puta falta em minha vida, coisas bobas que gostaria de compartilhar com você e hoje me obrigo a não fazer mais, ver você tão irritantemente lindo e não dizer para você o que você já sabe e sempre soube, quão lindo é, me testa em meus limites mais insanos e cruéis. Mas, aguentei. Olha o meu sorriso de alegria por ter aguentado. Acho que você não pode ver, ultimamente, sorrir para você se tornou algo difícil.

Não é nem de longe uma declaração, acredite, só quero ficar livre de uma vez por todas, esgotar tudo o que sinto e penso para não sentir mais vontade de falar novamente, então quer saber? Fui sim, sincera com você como nunca, nunca mesmo fui com alguém em toda a minha vida e mesmo que eu tenha acreditado na reciprocidade dessa sinceridade e tenha percebido que ela não existia, eu não me arrependo, se arrepender é para os fracos, talvez eu duvide um pouco das minhas escolhas, mas me arrepender não, porque nem a dor da decepção me fez ter vontade de ter sido com você diferente do que fui.

São escolhas não é mesmo? Em um determinado momento, você escolheu não ser mais sincero comigo como dizia que era, colocando em dúvida se chegou a ser sincero um dia. Já não sei. Já não me importa.

Sim, você está fazendo uma puta falta mesmo depois disso tudo que escrevi, mas, tirando o primeiro dia, em que me tranquei naquele cubículo banheiro e achei que não seria capaz de sair mais de lá, após você confirmar, não por ter sido sincero, mas porque não tinha mais como negar,que agora tem outro alguém, eu tô bem, tirando aquele dia, e tirando o fato de que nenhuma lágrima caiu do meu rosto e ainda não sei se isso é bom, eu tô bem, eu estou ficando bem.

Então, pra ser bem sincera, tirando essa puta falta que conversar com você me faz, tirando tudo o que a decepção já me tirou, acho que no fundo, acho não, quer saber, tenho a certeza de que houve algo entre nós, sincero ou não, houve e pode me xingar agora, mas, eu duvido que não sinta falta das conversas que tínhamos em diversos níveis e que sei, sei sim que não terá com outra pessoa, assim como não terá com outra pessoa a conexão que um dia existiu entre nós, eu si disso, sei porque você pode mentir, você pode me ferir de várias formas, mas, o seu olhar jamais e eu sei o que vi nele quando fizemos amor pela primeira vez e sei que estarei por um bom tempo no toque de suas mãos ao segurar na cintura de alguém, sei que estarei no chuveiro com você quando for tomar banho com ela, assim como se lembrará de mim cada vez que realizar algum dos seus sonhos, porque você sabe o quanto eu torci para que eles se realizassem. Eu sei.

Qualquer outra pessoa será incapaz de olhar os seus pés em baixo da mesa balançando e em seguida dar um jeito de perguntar como quem não quer nada, se você está bem e como está sendo o seu dia, qualquer outra pessoa será incapaz de reconhecer a sua ansiedade só por esse simples ato de balançar os pés.

Agora que estou melhor, vou dizer: Você tá fazendo uma puta falta, mas, eu tô ficando bem, vou me acostumar a não ter mais você ao meu lado, com a sua personalidade confusa, complicado,doce, ácido, alguém que sorri com os olhos e com eles fere.

Ufa... eu tô bem... E você, como está? Fazia dias que eu não fazia essa pergunta.

Diz? Faz?

[Talvez você goste de ler esse post ao som de When I was your man - Bruno Mars]

Diz que o brilho dos seus olhos hoje já não é mais por minha causa, diz, porque eu preciso da verdade, diz que o sorriso mais lindo não é para mim e tampouco por mim. Diz que os sinais que um dia eu pensei ter visto, foram apenas devaneios da minha cabeça. Diz. Diz qualquer coisa, porque eu tô no escuro, sem vela, sem lâmpada, sem raio de sol.

Eu não queria ter tornado o nosso não relacionamento em algo de grandes proporções, eu sei, eu fiz de algo pequeno, um grande feito, eu exagerei, eu soltei as rédeas e deixei o cavalo desgovernado do meu coração cavalgar pelos caminhos da sua surpreendente personalidade e agora, ele simplesmente não obedece mais aos meus comandos.

Diz, em alto e bom tom, que eu viajei nesse tempo todo, que eu estive fazendo um grande passeio interplanetário ao achar que você teria por mim os mesmos sentimentos que um dia tive por você. Tive, no passado, porque preciso começar a pensar nessa minha viagem, como passado. Diz, porque eu já cansei de subir aos céus como um balão e depois cair no chão como uma bexiga furada. Diz, mas ó, diz com jeitinho, porque ando meio despedaçada por dentro e não sei quanto tempo levarei para costurar esse órgão viscoso e vermelho que se movimenta aqui dentro de mim.

Então faz assim, sai de mansinho, sem deixar aquela carta triste de despedida que a gente vê nos filmes, sai, como se tivesse ido à padaria e se esqueceu de voltar, diz que vai viajar e que não tem data para voltar e leva com você a dor sufocante, deixa comigo só a saudade gostosa do que um dia eu vivi, leva minha frustração com você e deixa comigo somente a imagem bonita do sonho que tive, aquele tipo de imagem que o dia após dia se encarrega de borrar e apagar. Faz isso, mas, faz de um jeito que doa menos por favor,de um jeito que eu durma com você e acorde sem você (em meu coração), não sei como vai fazer isso, mas, é o que te peço.

Sussurra em meus ouvidos com carinho que tenho que dormir e que quando eu acordar, não me lembrarei de nada, nesse tempo você vai à padaria e eu vou acordar somente com a impressão de ter conhecido o amor e não de ter vivido-o.

Faz isso por mim? Faz e eu te prometo não me fazer presente em sua vida... Faz? Diz?

Desculpa, mas dane-se!

[Talvez você goste de ler esse post ao som de Taylor Swift - Begin Again]

Eu cansei!
Cansei de pedir desculpas por ter me apaixonado por você, cansei de pedir desculpas por ter enxergado em seus olhos aquilo que não existia, cansei de pedir desculpas por ser a sua pessoa certa na hora errada e por ser a sua pessoa errada na hora certa.

Cansei de me desculpar por não suportar sentir calada e ter que falar para você sobre os meus sentimentos, cansei de me desculpar, me desculpar pelo o seu péssimo dia, me desculpar pelo o seu sapato que te aperta os dedos dos pés e te machuca, pelo o contrato que você não conseguiu fechar, pela batata do McDonald´s que estava salgada, pelo molho que caiu na sua camisa, pelo pneu furado, pela cor dos meus cabelos, pelo rímel borrado, pelo desmatamento da floresta amazônica e até mesmo pela voz irritante da secretária do seu dentista.

Cansei, não quero mais me desculpar por sentir o que sinto. Cansei de levar a culpa sozinha como se você não tivesse feito nada. Agora, eu não me desculpo mais, ou melhor, eu ainda preciso pedir pela última vez, desculpas.

Desculpa, mas, dane-se se você não percebeu que a cada pedido de desculpas meu era um apelo para que você dissesse que eu não tinha culpa.

Dane-se se eu me apaixonei por você, dane-se se deixei você brincar com meu coração e sentimentos, dane-se se permiti que você entrasse em minha mente como uma lavagem cerebral, dane-se pelo o seu dia, seu sapato, sua comida, seu dentista.

Dane-se se o seu sorriso, é o sorriso mais lindo que já vi na face da terra, dane-se se os seus olhos me fazem mergulhar nas profundezas do oceano, dane-se se o seu cheiro único me embriaga e me entorpece, dane-se se em seu abraço, eu me senti protegida.

Dane-se, mas, eu não vou mais me desculpar por te amar.

Não conformidade para o meu coração

[Talvez você goste de ler esse texto ao som de Lykke Li - I Follow Rivers]

Vou abrir uma não conformidade para o meu coração. Ele me colocou em uma situação complicada e não pode não ser penalizado pelo o seu erro.

Ele justifica, dizendo que no escopo do fornecimento do projeto AMOR, há uma cláusula que diz que não é aceito devolução, mas, o que eu faço então com esse sentimento? Se eu não posso devolvê-lo ao fornecedor, quem arcará com os custos desse projeto mal coordenado?

Eu? Já não basta todos os prejuízos emocionais pelos quais eu passei?

Não! Vou abrir uma não conformidade e nela vou preencher como motivo: Escolha errada de para quem direcionar os sentimentos; no campo ação corretiva, vou preencher: Devolver ao fornecedor; e no campo ação preventiva, colocarei: Não se apaixonar mais!

Pronto, vou abrir uma não conformidade para que fique registrado formalmente que eu não posso mais me apaixonar!