segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2018

2018



Já virou hábito, todo último dia do ano, aqui estou eu, fazendo uma retrospectiva, renovando a minha lista de desejos e agradecendo.
2018 foi com certeza um dos melhores anos da minha vida. Um ano de realizações e aprendizados.

Tive o casamento dos sonhos, foi exatamente como imaginei. Não, pera, foi mais, muito mais, porque naquele momento em que a noiva entrou sozinha e flutuando, não existia no mundo, ninguém mais feliz do que ela.

Teve também a viagem para o Chile, fiquei fascinada por aquele povo e aquela cultura, Santiago é uma cidade cosmopolita, com seus encantos, mas o que faz a diferença mesmo é o seu povo. Amei também conhecer Vina del Mar e Valparaiso, mas a cereja do bolo dessa viagem, com certeza foi subir a Cordilheira dos Andes até Cajon del Maipo e depois até o Vucão, foi surreal e incrível, era algo que via nas fotos e de repente era real, lá estava eu. 

Um mês depois, senti uma das maiores dores do mundo. Meu Deus, como doeu e ainda dói... eu perdi meu Yoshi, meu sharpei preto e bochechudo que mais parecia um peixe boi. Foram nove anos de puro amor. Só amor. 

Esse ano foi um ano maluco, talvez ainda encontre outra palavra para ele, ( quem sabe caótico, já que gosto tanto do caos) mas nesse momento, essa é a única que me vem à mente. Foi o ano em que me libertei de muitos sentimentos, que coloquei pra fora, que falei, que deixei fluir e que lancei ao universo, aceitando as recompensas e consequências por isso. 

Foi também o ano em que enxerguei com clareza que algumas coisas simplesmente não são para ser. Eu finalmente me dei conta de que fins são necessários para novos começos.

Esse ano foi também um ano cheio de surpresas com seus pequenos bons momentos, aprendi a gostar de Jazz e Blues, tive encontros mágicos com pessoas que amo muito e, por falar em amor, ah... como eu amei esse amo, como eu amei durante esse ano. Amei sem medo da rejeição, amei sem saber se ia ser amada de volta, amei sabendo que talvez não, amei sabendo que talvez sim, amei com todo o meu coração, amei minha família, amei meus amigos, amei pessoas importantes para a minha vida, amei o caos. Ah... eu e a teoria do caos que sempre tanto me fascina. 

Esse ano Momento Errado ganhou uma casa literária e será publicado em 2019, também me arrisquei a escrever três contos para essa mesma casa literária e amei o resultado. Esse ano eu terminei um livro novo e não vejo a hora de poder falar sobre ele.

Eu ainda tenho uma lista de coisas para fazer e o curioso é que esse ano, fiz coisas que nunca estiveram nela, ainda não fui para a Irlanda, ainda não vi a explosão de cores da Aurora Boreal na Noruega, ainda não fiz a rota 66, ainda não comprei uma casa, ainda não... ainda.
Talvez nem faça mesmo tudo porque afinal, outras coisas vão entrando e algumas saindo. Algumas dependem de mim e outras, nem tanto. Mas não importa, foi um ano mágico para mim, o ano em que estive muito próxima da minha maior realização, foi um ano sensacional, mesmo com toda dor. 

Pode vir, 2019. 


  

 
                                            

 

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Luz e a Mariposa


Ele era a luz que a iluminava e a guiava.
Ele trazia vida à vida dela. Ele sabia tirar dela os melhores sorrisos e também,os mais intensos suspiros. Ele era imperfeitamente perfeito para ela, com toda certeza, eles bugavam qualquer matemático, afinal, eles eram contra todas as probabilidades.

Ele era complicado e ela confusa.

Ele gostava dela e ela amava ele.

Eles eram polos opostos que se atraíam e nunca repeliam. Ele era o mundo paralelo dela enquanto ela desejava um dia, ser real.

Mas ele gostava dela enquanto ela amava ele.

Ele era a sua luz e ela, a mariposa que mesmo sabendo que ia se queimar, voava em direção a ele, ela preferia as marcas da queimadura em seu pequeno corpo do que voar livre para outros céus.

Ela  amava ele enquanto ele gostava dela.

Ela não era capaz de ficar longe dele, a força da sua luz sempre a encontrava, principalmente nos dias mais escuros, era ele o único capaz de fazê-la sonhar.

Um dia, talvez por se dar conta de que a estava queimando, ele decidiu que iria apagar a sua luz e deixar então que a mariposa pudesse voar, ele só não sabia que a mesma luz que a queimava era que a mantinha viva, se ele a apagasse, estaria condenando-a a uma vida na escuridão, a luz dele era a que a dava esperanças de que algum dia...

Ele pudesse amá-la, assim como ela o amava.
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