segunda-feira, 11 de junho de 2018

Aprendi, estou aprendendo e vou aprender




  1. Blank Space - Stand By Me


Eu aprendi a silenciar mesmo quando quero falar. Aprendi a respeitar o silêncio do outro mesmo quando tudo o que mais quero, é ouvir a sua voz. Percebi que não posso impor a minha presença só porque gosto de alguém. Cada um tem o seu tempo e a sua forma de agir e reagir, eu não posso esperar uma determinada atitude de alguém só porque essa seria a atitude que eu teria.

Aprendi que a gente pode amar e odiar a mesma coisa com a mesma intensidade. Que o mesmo dia pode ser o melhor da sua vida por vários motivos e também o pior por um único motivo.

Aprendi que não devo me desculpar por ser intensa demais, o mundo já está cheio de pessoas mais ou menos, mesmo quando dói, mesmo quando essa intensidade me faz querer chorar e me obriga a não chorar, ela ainda tem que ser motivo de orgulho e não vergonha.

Aprendi que não há nada de errado em me importar, que querer saber sobre como foi o dia de alguém não é exagero, mas quando esse mesmo alguém não se importa, é hora de se questionar.

Eu estou aprendendo a manter distância mesmo quando o que quero, é estar presente. Estou aprendendo a deixar ir enquanto fico aqui, meio que de prontidão, caso o outro queira voltar.

Estou aprendendo a criar as minha próprias barreiras, não para me separar e me isolar, mas percebi que eu não tinha defesas, aprendi que barreiras são um meio eficaz de nos proteger daquilo que mais pode nos ferir: alguém que a gente gosta de verdade.

Estou aprendendo a ficar quietinha sem me importar se vão me notar. Meus sentimentos não vão mudar só porque deixei de falar.

Estou aprendendo que quanto mais você grita para o mundo que esqueceu, mais você lembra e que quanto menos você gritar, mais facilmente esquecerá.

Estou aprendendo que dizer tchau é um troço chato pra caramba, principalmente quando a gente tem que dizer mesmo sem querer, quando a gente tem que dizer pelo outro, que parece não ter coragem de fazer.

Ainda preciso aprender que o mundo está cheio de corajosos, que se orgulham de serem desbravadores, mas que morrem de medo do amor.

E de amar.



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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Melhor texto


Sexo sem compromisso pode até ser legalzinho, mas você já transou com alguém e no dia seguinte quando acordou e viu essa pessoa ao seu lado sentiu algo como orgulho e carinho?

Sexo com gosto de uma noite é legal, mas você já sentiu o gosto de um beijo bem dado? Um beijo que acorda teus desejos e te faz sentir como se estivesse aprendendo algo que a vida ainda não tinha lhe dado?

Conheço muitas pessoas que estão nessa de transar com os números, com a quantidade, fazendo teste e comparando cada uma das transas: O que escuto dessas pessoas? É que a cada orgasmo sentem um vazio maior.

A gente fica procurando essa pessoa que nos faça querer mais, alguém com um cheiro o qual gostaríamos de sentir todas às noites em nosso travesseiro, alguém que faça esquecermos das roupas jogadas pelo quarto.

Mas estamos errando em escolhas e a cada pessoa errada cresce a distância entre o simples sexo e o sexo com sentimento. Até que um dia, sem perceber, não acreditamos mais nisso, o sexo vira um prazer momentâneo que dura poucos minutos.

Estamos ficando bons nisso... em comparar. A gente não sabe mais o que é dizer: 'Pode ficar aqui, vamos pedir algo para comer e começar tudo de novo'. Sexo é bom, mas a gente esqueceu o principal, o vínculo, a ligação, o ponto de equilíbrio que faz nos importarmos com alguém tanto quanto com nós mesmos.

Sexo por sexo é apenas mais uma das formas de ego, um egoísmo que cobra seu preço. E um dia você percebe que, aquilo que deveria lhe preencher, se tornou apenas mais um vazio.

Nós estamos enjoando do sexo, aí tentamos trocar de pessoas, de rostos. Mas o problema não está em repetir a pessoa e sim repetir pessoas erradas, pessoas com as quais não tivemos tempo de criar vínculos.

Sexo com gostinho de uma noite pode até ser bom, mas sexo com gosto de 'te quero para sempre', é esse o único sexo que um dia perceberemos ter valido realmente a pena.

Felipe Sandrin


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