quarta-feira, 30 de maio de 2018

Um mês




Oi, amorzinho. Como estão as coisas aí em cima? Aposto que está sentado ao lado de São Francisco, fazendo companhia a ele.
Você nunca gostou de ficar sozinho, sempre precisou estar perto da gente. Aposto também que está enchendo o céu de pelos escuros.
Está fazendo um mês que você ganhou asas e voou.
Por aqui está tudo mais ou menos. Eu sigo sorrindo para o mundo enquanto choro por dentro, mas percebi que é isso que esperam de mim, que eu continue a sorrir.
A verdade é que não é todo mundo que é capaz de entender essa dor, só a entende quem já a sentiu, pra muitos, era apenas um cachorro, mas sabemos que você nunca foi só isso para nós, e é por isso que ainda faz tanta falta, a casa não é a mesma sem você.
Outro dia a Vi chorou porque estava com saudades e eu juro pra você, meu bochechão, eu tentei ser forte, mas há um limite até para uma mãe, choramos juntas porque a dor de uma, é a dor da outra.
Outro dia também, comemos lanche do MC Donald’s e senti a sua falta para dividir a minha batata por debaixo da mesa.
Você faz falta.
Tô aqui, torcendo para que o dia em que a dor e a saudades deixará espaço apenas para as boas memórias, até lá, sigo sorrindo e chorando.
Espero que esteja bem aí em cima.
Com amor.
Mamãe.



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quarta-feira, 23 de maio de 2018

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Expectativas







Só afirma que criar expectativas não é bom, quem nunca sentiu o gostoso gelo na barriga que antecede um possível beijo. É essa expectativa, o nervosismo, as mãos suando e até as pernas bambas, que tornam o esperado beijo tão importante. Diria até, que essa expectativa, algumas vezes, pode ser até mais gostosa do que o próprio beijo.

Naquela noite, ele encostou a mão nas costas dela e caminharam juntos, lado a lado, conversando como dois velhos amigos.

Naquela noite, a mão dele deslizou pelo braço dela e tocou a sua mão. Ela sentiu seu corpo vibrar com aquele toque.

O toque da expectativa.

Naquela noite, a mão dele deslizou para cintura dela, apenas para mostrar a ela que a expectativa nem sempre era algo ruim.

Naquela noite eles se olharam e sorriram um para o outro.

Naquela noite, eles iam se beijar.

Naquela noite, ela se apaixonou um pouco mais por ele. E não foi porque se beijaram, porque o beijo não aconteceu. Ela se apaixonou um pouco mais por ele por causa das sensações que ele era capaz de causar nela antes mesmo de beija-la.

Naquela noite, ela se apaixonou por quem ela viu, ele não era apenas o cara dos seus sonhos, ele era o cara com quem ela podia simplesmente ser ela mesma.

Naquela noite, eles não se beijaram, mas conversaram como se fossem um velho casal de namorados, daqueles que só existem em filmes, daqueles que conversam sobre tudo e de tudo.

Foi naquela noite, por causa da expectativa do beijo que não aconteceu e da conversa despretensiosa, que ela, que achava que já o havia superado, se deu conta de que mil anos poderão passar e ele, somente ele, será capaz de fazê-la sentir a gostosa expectativa... De estar com ele.

Porque ela, sempre será apaixonada por ele.
E porque por mais que doa às vezes, criar expectativas, pode ser algo bom. Se você se pemitir sentir.


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domingo, 13 de maio de 2018

quarta-feira, 9 de maio de 2018

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