segunda-feira, 16 de julho de 2018

3.4!





3.4!
Como eu amo fazer aniversário! Talvez seja porque eu realmente acredito que aniversariar é como começar um novo ano. Para ser sincera, esse meu ano que se encerrou foi tão maravilhoso que eu nem deveria estar ansiosa pelo o que está começando hoje, mas eu acredito nas novas possibilidades e se esse o que está encerrando foi magnífico, o que está começando poderá ser melhor ainda.

3.4!

Tantas coisas a agradecer, tantas conquistas e pequenas vitórias. Que bom que tenho pouco a pedir.

3.4!

Hoje, mais madura do que há poucos anos, eu me aceito como sou, aceito a minha visão exageradamente romântica do mundo e das pessoas, aceito ser 99% emotiva e apenas 1% racional, mesmo que isso me traga decepções às vezes; aceito meu jeito dramático e até birrento de ser. Aceito pegar para mim as dores do mundo e tentar transformar em amor, tudo o que não é. Me aceito como eu sou, mesmo querendo mudar de vez em quando.

3.4!

O que esperar desse novo ano, depois de um ano tão maravilhoso que começou com a chegada dos meus 33 na Bahia, passou pela a festa de casamento dos sonhos, a viagem de lua de mel prefeita para o Chile e terminou em Monte Verde com um final de semana indescritível ao lado de amigos?

Há quem diga que sou uma pessoa de sorte. Não me importo que digam, porque dizer que tenho sorte é um elogio, porém, cada uma das minhas pequenas e grandes conquistas, devem ser atribuídas às minhas escolhas, ao fato de eu ser fiel ao que eu quero para a minha vida, fiel à minha filosofia de “Colecione momentos e não coisas”; fiel até mesmo aos meus medos, aqueles que já me impediram de fazer loucuras e os que me impulsionaram a fazer as melhores delas.

3.4!

Fazendo um balanço da minha vida, afinal, trabalho na controladoria, eu vejo o quanto sou afortunada, fazendo uma retrospectiva, afinal, canceriana vive de lembranças, eu sei que na balança da vida, que nem sempre foi fácil para mim, eu tenho muito mais motivos para agradecer do que para lamentar.

Não nasci em berço de ouro, tive uma infância simples, mas feliz. Os perrengues que já passamos, só Deus sabe. Sobrevivi à queda de um elevador do sétimo andar onde segundo os bombeiros, deveria ser fatal do terceiro. Mudei para o interior e vi minha vida sendo virada de cabeça para baixo. Adaptei-me. Amadureci. Escolhi ser psicóloga e no mesmo ano em que comecei a faculdade, vi meu então namorado se afundar no mundo das drogas. Carreguei a minha própria nuvem de chuva e desci ao inferno para tentar ajudá-lo. Adoeci. Tornei-me codependente. Paguei dívida em casa de traficante. Cheguei aos 38 quilos.

Sobrevivi.

Renasci.

Conheci meu marido.

Escrevi meu primeiro livro, sobre a minha jornada ao lado de um dependente químico, criei meu primeiro blog, e ao mesmo tempo que passei a ajudar pessoas que estavam passando pelo o que passei, entrei em recuperação da minha codependência.



Dei a minha primeira entrevista para o jornal O Estado de São Paulo. E também em um programa de rádio e outro de TV.

Chegou nossa Victória.

Quase a perdemos por duas vezes, mas ela chama-se Victória. E venceu.

Foram quase 10 anos sem tomar Coca Cola. Uma promessa que valeu a pena.

Começamos a fazer nossas escolhas. Começamos a colecionar mais e mais momentos ao invés de coisas. Vieram as primeiras viagens:

Socorro. Um hotel fazenda que nos fez sentir o primeiro gosto de como é maravilhoso conhecer novos lugares.

Serra Negra: O primeiro grande contato da minha filha com a natureza e os animais.

Balneário Camboriú - Beto Carreiro: diversão e beleza. Meu primeiro voo de avião.

Angra dos Reis e Paraty : a nossa primeira roadtrip, conhecemos o paraíso chamado Ilha Grande, nos apaixonamos por Paraty e mais ainda por Trindade.

Gramado/ Canela e Cambará do Sul: Nossa segunda roadtrip, dois mil quilômetros rodados em sete dias. A viagem perfeita.

Orlando: a viagem dos sonhos. Chorei ao abraçar o Mickey e enfrentei o meu maior medo ao despencar da Hollywood Tower. Sobrevivi a ele.

Bahia: a terceira roadtrip. Mais de 3 mil quilômetros rodados em sete dias intensos e incríveis. Me apaixonei pelo Nordeste.

Chile: O cenário perfeito. Curti cada momento, cada segundo, cada passo.

Monte Verde: frio, glamour e aventura. Como não amar?

3.4!

34 anos de escolhas..:

Eu adoraria ter uma daquelas máquinas de lavar que a tampa é embaixo e redonda, mas escolhi manter a Brastemp que ganhei da minha mãe há mais de doze anos, adoraria ter uma geladeira de inox que só falta dançar can can, mas escolhi continuar com a que minha avó e meu irmão me deram há algum tempo. Adoraria trocar de fogão e ter um para combinar com a tal geladeira de inox, mas escolhi continuar com o Dako que minha sogra deu também há algum tempo. Gostaria de modular a cozinha e também o meu quarto, mas escolhi trocar apenas a nossa cama por uma box.

Escolhas... escolhemos viajar sempre que possível ao invés do resto. Esse é o nosso “segredo” apenas esse.

Escolhemos viver e não ter.

Escolhemos ser e não ter.

Alguns não precisam escolher porque podem ter ambos. Outros, infelizmente nem podem escolher, e nós que um dia já não pudemos escolher, hoje, apenas escolhemos viajar ao invés de ter.

3.4. Eu diria que realmente a história da minha vida, é baseada em colecionar momentos.

3.4!

Tanto a agradecer.

Talvez, nada a pedir.


"Há quem diga que somos o resultado de todos os momentos que vivemos. Eu acredito nessa teoria. A intensidade de certos momentos é capaz de alterar completamente o rumo das nossas vidas, e então, acabamos sendo definidos por esses pequenos momentos. Momentos reais, momentos de alegria, momentos de dor e lágrimas. Momentos..." (Manuela - Momento Errado)

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Sobre as coisas que ainda quero aprender





Há tantas coisas nesse mundo que eu gostaria de saber. Tantas coisas sobre o mundo que ainda me intrigam, como por exemplo, como um avião gigante consegue voar? Ou ainda, por que há pessoas tão ricas e outras que não possuem nem água para beber? Eu queria entender mais sobre política e também religião. Queria entender porque suas ações dizem uma coisa e seus olhos outra e ainda, porque não consigo me livrar deles quando você me olha, porque me sinto tão ligada a você quando estamos frente a frente e tão solitária quando não?

Queria entender um pouco sobre mecânica e também falar francês. Queria saber o que você pensa quando me olha daquele jeito, o jeito que me faz de iô-iô entre o céu e o abismo.

Queria compreender mais sobre metafísica e física quântica, compreender melhor sobre as leis da vida, aquelas que escola não ensina e também conseguir compreender seu olhar tão bem quanto você compreende o meu sorriso de nervoso.

Queria entender as suas emoções. Queria saber desligar as minhas. 

Queria aprender sobre astronomia e também entender porque você consegue me ler tão bem como se eu fosse uma revista enquanto que para mim, muitas vezes, você é um espaço em branco. 

Queria ter respostas. Queria não ter dúvidas. 
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