segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2018

2018



Já virou hábito, todo último dia do ano, aqui estou eu, fazendo uma retrospectiva, renovando a minha lista de desejos e agradecendo.
2018 foi com certeza um dos melhores anos da minha vida. Um ano de realizações e aprendizados.

Tive o casamento dos sonhos, foi exatamente como imaginei. Não, pera, foi mais, muito mais, porque naquele momento em que a noiva entrou sozinha e flutuando, não existia no mundo, ninguém mais feliz do que ela.

Teve também a viagem para o Chile, fiquei fascinada por aquele povo e aquela cultura, Santiago é uma cidade cosmopolita, com seus encantos, mas o que faz a diferença mesmo é o seu povo. Amei também conhecer Vina del Mar e Valparaiso, mas a cereja do bolo dessa viagem, com certeza foi subir a Cordilheira dos Andes até Cajon del Maipo e depois até o Vucão, foi surreal e incrível, era algo que via nas fotos e de repente era real, lá estava eu. 

Um mês depois, senti uma das maiores dores do mundo. Meu Deus, como doeu e ainda dói... eu perdi meu Yoshi, meu sharpei preto e bochechudo que mais parecia um peixe boi. Foram nove anos de puro amor. Só amor. 

Esse ano foi um ano maluco, talvez ainda encontre outra palavra para ele, ( quem sabe caótico, já que gosto tanto do caos) mas nesse momento, essa é a única que me vem à mente. Foi o ano em que me libertei de muitos sentimentos, que coloquei pra fora, que falei, que deixei fluir e que lancei ao universo, aceitando as recompensas e consequências por isso. 

Foi também o ano em que enxerguei com clareza que algumas coisas simplesmente não são para ser. Eu finalmente me dei conta de que fins são necessários para novos começos.

Esse ano foi também um ano cheio de surpresas com seus pequenos bons momentos, aprendi a gostar de Jazz e Blues, tive encontros mágicos com pessoas que amo muito e, por falar em amor, ah... como eu amei esse amo, como eu amei durante esse ano. Amei sem medo da rejeição, amei sem saber se ia ser amada de volta, amei sabendo que talvez não, amei sabendo que talvez sim, amei com todo o meu coração, amei minha família, amei meus amigos, amei pessoas importantes para a minha vida, amei o caos. Ah... eu e a teoria do caos que sempre tanto me fascina. 

Esse ano Momento Errado ganhou uma casa literária e será publicado em 2019, também me arrisquei a escrever três contos para essa mesma casa literária e amei o resultado. Esse ano eu terminei um livro novo e não vejo a hora de poder falar sobre ele.

Eu ainda tenho uma lista de coisas para fazer e o curioso é que esse ano, fiz coisas que nunca estiveram nela, ainda não fui para a Irlanda, ainda não vi a explosão de cores da Aurora Boreal na Noruega, ainda não fiz a rota 66, ainda não comprei uma casa, ainda não... ainda.
Talvez nem faça mesmo tudo porque afinal, outras coisas vão entrando e algumas saindo. Algumas dependem de mim e outras, nem tanto. Mas não importa, foi um ano mágico para mim, o ano em que estive muito próxima da minha maior realização, foi um ano sensacional, mesmo com toda dor. 

Pode vir, 2019. 


  

 
                                            

 

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Luz e a Mariposa


Ele era a luz que a iluminava e a guiava.
Ele trazia vida à vida dela. Ele sabia tirar dela os melhores sorrisos e também,os mais intensos suspiros. Ele era imperfeitamente perfeito para ela, com toda certeza, eles bugavam qualquer matemático, afinal, eles eram contra todas as probabilidades.

Ele era complicado e ela confusa.

Ele gostava dela e ela amava ele.

Eles eram polos opostos que se atraíam e nunca repeliam. Ele era o mundo paralelo dela enquanto ela desejava um dia, ser real.

Mas ele gostava dela enquanto ela amava ele.

Ele era a sua luz e ela, a mariposa que mesmo sabendo que ia se queimar, voava em direção a ele, ela preferia as marcas da queimadura em seu pequeno corpo do que voar livre para outros céus.

Ela  amava ele enquanto ele gostava dela.

Ela não era capaz de ficar longe dele, a força da sua luz sempre a encontrava, principalmente nos dias mais escuros, era ele o único capaz de fazê-la sonhar.

Um dia, talvez por se dar conta de que a estava queimando, ele decidiu que iria apagar a sua luz e deixar então que a mariposa pudesse voar, ele só não sabia que a mesma luz que a queimava era que a mantinha viva, se ele a apagasse, estaria condenando-a a uma vida na escuridão, a luz dele era a que a dava esperanças de que algum dia...

Ele pudesse amá-la, assim como ela o amava.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Estupidez



Cérebro: O que foi dessa vez?

Coração: Nada, o de sempre...

Cérebro: Fez merda de novo, não foi?

Coração: Mas eu juro que tentei me segurar!

Cérebro: Tentar não é o suficiente, agora olha o resultado...

Coração: Eu sei, eu sei. Você tinha razão, eu vou aprender a ouvir você.

Cérebro: Você sabe o que tem que fazer, não sabe?

Coração: Sim, só preciso de mais tempo, não é tão fácil assim.

Cérebro: Leve o tempo que precisar, mas lembre-se que embora a dor seja sua, até eu que sou racional, a sinto, então, faça o que tem que ser feito e arrume essa bagunça pelo o nosso bem.

Coração: Pelo o nosso bem.

domingo, 28 de outubro de 2018

Something Stupid


Ela havia se esforçado tanto para não estragar tudo, queria que fosse a noite perfeita, pensou em cada detalhe para torná-la inesquecível, ela absorveu cada momento, cada sorriso, cada gesto e palavra e apreciou cada gargalhada que deram juntos. Parecia surreal, mas ao mesmo tempo, quando os dedos dele se entrelaçavam aos dela, ela tinha a certeza de que era real, eles estavam ali,  acontecendo, como tinha que ser.

Ela havia se esforçado muito para não estragar tudo, mas ela estragou. 

Todos os seus esforços se tornaram em vão quando no último minuto ela se permitiu dizer aquilo que jamais poderia dizer, ela havia lutado 
tantas vezes naquela noite, foram tantos momentos em que as palavras lhe subiram á garganta e ela as engoliu, ela só tinha que engolir uma última vez e tudo terminaria bem.

Mas então ela disse, e ela soube que ali, seria o início do fim.


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Branco e Preto



So Sorry - Feist - Spotify


Ela sempre acreditou que para muitas coisas da vida, ou eram pretas ou brancas, se o cara não dizia que amava a garota, é porque não sentia nada, se o namorado não elogiava, é porque não reparava, se o contatinho não ligava, é porque não sentia saudades, se o outro não pedia desculpas, é porque não se importava. Se não defendeu o amigo em uma briga, é porque era conivente, se não defendeu o colega de trabalho perante uma injustiça, é porque também era injusta. Ela não entendia que havia mais do que o sim ou o não.

Ou era ou não era. Ou sentia, ou não sentia.

Quando jovem, entrou em uma briga de rua para defender seu melhor amigo que estava brigando justamente para defendê-la, o cara com que ele brigava estava com um soco inglês na mão e seu amigo não viu, ela não se conformou que seus outros amigos e até a namorada do seu melhor amigo, não fossem fazer nada e não pensou duas vezes antes de entrar no meio dos dois para defendê-lo. Para ela ou era ou não era. Ela era amiga dele e não havia justificativas para não fazer aquilo.

Talvez porque para ela, era assim, ela dizia, fazia, sentia, ela era ou preto ou branco e sempre deixava os outros saberem qual cor era. 

Ela sempre defendeu a bandeira do “quem quer arruma um jeito”, acreditava que as coisas eram simples assim. Se fulano não fez tal coisa, é porque não quis de verdade. Ela não procurava motivos ou justificativas, apenas acreditava que na verdade ambos não existiam e seguia cega em sua visão simplificado das coisas.

Mas as coisas não são tão simples assim, são?

Ela percebeu que entre o branco e o preto há uma variedade enorme de cores, percebeu que às vezes, a falta de ação, a falta de palavras ou a falta de gestos, escondem motivos que os justifiquem e que ela apenas não podia saber ou simplesmente não enxergava. Ela mudou de opinião ao perceber que havia se tornado aquilo que ela julgava. Ela se calou quando deveria ter dito e ela sabe o porquê, mas com certeza quem esperava que ela não se calasse, não sabe, e talvez esteja pensando a mesma coisa que ela já muito pensou: se não fez, se não  disse, é porque não se importava.

Ela sabia que se jogaria na frente de uma bala por ele, mas deixou que ele fosse atingido por algo muito menor, porém, com o mesmo poder letal.

Ela sempre fora aquela que era decepcionada, hoje, ela foi a que decepciona.

Ela sempre teve orgulho de si por ser aquela que solta a voz quando todos calam, hoje, ela é a que se envergonha por ter calado, quando mais deveria falar, e o motivo? Ah... no fim das contas de que importa? 

Hoje ela aprendeu que há mais cores entre os simplistas branco e preto, mas que mesmo assim, o que importa são somente ambas, é somente o fez ou não fez, o disse ou não disse, porque mesmo havendo motivos, eles nunca sobrepõem a decepção.


domingo, 19 de agosto de 2018

Somos


Música: Quando Bate Aquela Saudade (Link)


Somos a continuação de uma história que não nasceu para ter fim. Somos o resultado de encontros e desencontros. Somos companheiros mesmo  quando estamos distantes, somos sentimentos, revelações, segredos, vontades, medos e superações.

Eu sou o seu desafio. E você me faz ir longe por ser o meu.

Somos pele, toque, arrepios e prazer. Somos palavras não ditas escondidas em nossos pensamentos, esperando pelo momento em que já não suportarão mais ficarem apenas guardadas para nós e explodirão para fora, como prova de tudo o que somos e representamos um ao outro.

Somos silêncio e barulho, caos e calmaria.

Somos segredos, confissões e desabafos. Somos olhares confusos, amedrontados, magoados, apaixonados.

Somos aquele casal que ainda vai ser. Somos mãos dadas em um parque de diversões, somos corpos em combustão nas frias madrugadas.

Somos reais um para o outro. Somos defeitos e qualidades, somos aceitação do melhor e o pior de cada um de nós.

Somos de outras vidas. Dessa vida. E das próximas também.

Somos chegadas e partidas. Uma história onde não tem fim, somente recomeços.

Somos almas, corpos e corações. Somos um, a peça que faltava para o quebra-cabeça do outro. Somos raio, trovão e um turbilhão e emoções contraditórias.

Você me faz não ter medo de ser eu mesma e eu amo quando você é você mesmo.

Somos possibilidades na presença de coragem e impossibilidades na ausência dela.

Somos fogos de artifício explodindo dentro da gente.

Somos completamente diferentes, astrologicamente incompatíveis e mesmo assim, somos os opostos perfeitos. Não há no mundo alguém que me complete tanto quanto você.

Somos o que temos que ser.

Quando temos que ser

segunda-feira, 16 de julho de 2018

3.4!





3.4!
Como eu amo fazer aniversário! Talvez seja porque eu realmente acredito que aniversariar é como começar um novo ano. Para ser sincera, esse meu ano que se encerrou foi tão maravilhoso que eu nem deveria estar ansiosa pelo o que está começando hoje, mas eu acredito nas novas possibilidades e se esse o que está encerrando foi magnífico, o que está começando poderá ser melhor ainda.

3.4!

Tantas coisas a agradecer, tantas conquistas e pequenas vitórias. Que bom que tenho pouco a pedir.

3.4!

Hoje, mais madura do que há poucos anos, eu me aceito como sou, aceito a minha visão exageradamente romântica do mundo e das pessoas, aceito ser 99% emotiva e apenas 1% racional, mesmo que isso me traga decepções às vezes; aceito meu jeito dramático e até birrento de ser. Aceito pegar para mim as dores do mundo e tentar transformar em amor, tudo o que não é. Me aceito como eu sou, mesmo querendo mudar de vez em quando.

3.4!

O que esperar desse novo ano, depois de um ano tão maravilhoso que começou com a chegada dos meus 33 na Bahia, passou pela a festa de casamento dos sonhos, a viagem de lua de mel prefeita para o Chile e terminou em Monte Verde com um final de semana indescritível ao lado de amigos?

Há quem diga que sou uma pessoa de sorte. Não me importo que digam, porque dizer que tenho sorte é um elogio, porém, cada uma das minhas pequenas e grandes conquistas, devem ser atribuídas às minhas escolhas, ao fato de eu ser fiel ao que eu quero para a minha vida, fiel à minha filosofia de “Colecione momentos e não coisas”; fiel até mesmo aos meus medos, aqueles que já me impediram de fazer loucuras e os que me impulsionaram a fazer as melhores delas.

3.4!

Fazendo um balanço da minha vida, afinal, trabalho na controladoria, eu vejo o quanto sou afortunada, fazendo uma retrospectiva, afinal, canceriana vive de lembranças, eu sei que na balança da vida, que nem sempre foi fácil para mim, eu tenho muito mais motivos para agradecer do que para lamentar.

Não nasci em berço de ouro, tive uma infância simples, mas feliz. Os perrengues que já passamos, só Deus sabe. Sobrevivi à queda de um elevador do sétimo andar onde segundo os bombeiros, deveria ser fatal do terceiro. Mudei para o interior e vi minha vida sendo virada de cabeça para baixo. Adaptei-me. Amadureci. Escolhi ser psicóloga e no mesmo ano em que comecei a faculdade, vi meu então namorado se afundar no mundo das drogas. Carreguei a minha própria nuvem de chuva e desci ao inferno para tentar ajudá-lo. Adoeci. Tornei-me codependente. Paguei dívida em casa de traficante. Cheguei aos 38 quilos.

Sobrevivi.

Renasci.

Conheci meu marido.

Escrevi meu primeiro livro, sobre a minha jornada ao lado de um dependente químico, criei meu primeiro blog, e ao mesmo tempo que passei a ajudar pessoas que estavam passando pelo o que passei, entrei em recuperação da minha codependência.



Dei a minha primeira entrevista para o jornal O Estado de São Paulo. E também em um programa de rádio e outro de TV.

Chegou nossa Victória.

Quase a perdemos por duas vezes, mas ela chama-se Victória. E venceu.

Foram quase 10 anos sem tomar Coca Cola. Uma promessa que valeu a pena.

Começamos a fazer nossas escolhas. Começamos a colecionar mais e mais momentos ao invés de coisas. Vieram as primeiras viagens:

Socorro. Um hotel fazenda que nos fez sentir o primeiro gosto de como é maravilhoso conhecer novos lugares.

Serra Negra: O primeiro grande contato da minha filha com a natureza e os animais.

Balneário Camboriú - Beto Carreiro: diversão e beleza. Meu primeiro voo de avião.

Angra dos Reis e Paraty : a nossa primeira roadtrip, conhecemos o paraíso chamado Ilha Grande, nos apaixonamos por Paraty e mais ainda por Trindade.

Gramado/ Canela e Cambará do Sul: Nossa segunda roadtrip, dois mil quilômetros rodados em sete dias. A viagem perfeita.

Orlando: a viagem dos sonhos. Chorei ao abraçar o Mickey e enfrentei o meu maior medo ao despencar da Hollywood Tower. Sobrevivi a ele.

Bahia: a terceira roadtrip. Mais de 3 mil quilômetros rodados em sete dias intensos e incríveis. Me apaixonei pelo Nordeste.

Chile: O cenário perfeito. Curti cada momento, cada segundo, cada passo.

Monte Verde: frio, glamour e aventura. Como não amar?

3.4!

34 anos de escolhas..:

Eu adoraria ter uma daquelas máquinas de lavar que a tampa é embaixo e redonda, mas escolhi manter a Brastemp que ganhei da minha mãe há mais de doze anos, adoraria ter uma geladeira de inox que só falta dançar can can, mas escolhi continuar com a que minha avó e meu irmão me deram há algum tempo. Adoraria trocar de fogão e ter um para combinar com a tal geladeira de inox, mas escolhi continuar com o Dako que minha sogra deu também há algum tempo. Gostaria de modular a cozinha e também o meu quarto, mas escolhi trocar apenas a nossa cama por uma box.

Escolhas... escolhemos viajar sempre que possível ao invés do resto. Esse é o nosso “segredo” apenas esse.

Escolhemos viver e não ter.

Escolhemos ser e não ter.

Alguns não precisam escolher porque podem ter ambos. Outros, infelizmente nem podem escolher, e nós que um dia já não pudemos escolher, hoje, apenas escolhemos viajar ao invés de ter.

3.4. Eu diria que realmente a história da minha vida, é baseada em colecionar momentos.

3.4!

Tanto a agradecer.

Talvez, nada a pedir.


"Há quem diga que somos o resultado de todos os momentos que vivemos. Eu acredito nessa teoria. A intensidade de certos momentos é capaz de alterar completamente o rumo das nossas vidas, e então, acabamos sendo definidos por esses pequenos momentos. Momentos reais, momentos de alegria, momentos de dor e lágrimas. Momentos..." (Manuela - Momento Errado)

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Sobre as coisas que ainda quero aprender





Há tantas coisas nesse mundo que eu gostaria de saber. Tantas coisas sobre o mundo que ainda me intrigam, como por exemplo, como um avião gigante consegue voar? Ou ainda, por que há pessoas tão ricas e outras que não possuem nem água para beber? Eu queria entender mais sobre política e também religião. Queria entender porque suas ações dizem uma coisa e seus olhos outra e ainda, porque não consigo me livrar deles quando você me olha, porque me sinto tão ligada a você quando estamos frente a frente e tão solitária quando não?

Queria entender um pouco sobre mecânica e também falar francês. Queria saber o que você pensa quando me olha daquele jeito, o jeito que me faz de iô-iô entre o céu e o abismo.

Queria compreender mais sobre metafísica e física quântica, compreender melhor sobre as leis da vida, aquelas que escola não ensina e também conseguir compreender seu olhar tão bem quanto você compreende o meu sorriso de nervoso.

Queria entender as suas emoções. Queria saber desligar as minhas. 

Queria aprender sobre astronomia e também entender porque você consegue me ler tão bem como se eu fosse uma revista enquanto que para mim, muitas vezes, você é um espaço em branco. 

Queria ter respostas. Queria não ter dúvidas. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Aprendi, estou aprendendo e vou aprender




  1. Blank Space - Stand By Me


Eu aprendi a silenciar mesmo quando quero falar. Aprendi a respeitar o silêncio do outro mesmo quando tudo o que mais quero, é ouvir a sua voz. Percebi que não posso impor a minha presença só porque gosto de alguém. Cada um tem o seu tempo e a sua forma de agir e reagir, eu não posso esperar uma determinada atitude de alguém só porque essa seria a atitude que eu teria.

Aprendi que a gente pode amar e odiar a mesma coisa com a mesma intensidade. Que o mesmo dia pode ser o melhor da sua vida por vários motivos e também o pior por um único motivo.

Aprendi que não devo me desculpar por ser intensa demais, o mundo já está cheio de pessoas mais ou menos, mesmo quando dói, mesmo quando essa intensidade me faz querer chorar e me obriga a não chorar, ela ainda tem que ser motivo de orgulho e não vergonha.

Aprendi que não há nada de errado em me importar, que querer saber sobre como foi o dia de alguém não é exagero, mas quando esse mesmo alguém não se importa, é hora de se questionar.

Eu estou aprendendo a manter distância mesmo quando o que quero, é estar presente. Estou aprendendo a deixar ir enquanto fico aqui, meio que de prontidão, caso o outro queira voltar.

Estou aprendendo a criar as minha próprias barreiras, não para me separar e me isolar, mas percebi que eu não tinha defesas, aprendi que barreiras são um meio eficaz de nos proteger daquilo que mais pode nos ferir: alguém que a gente gosta de verdade.

Estou aprendendo a ficar quietinha sem me importar se vão me notar. Meus sentimentos não vão mudar só porque deixei de falar.

Estou aprendendo que quanto mais você grita para o mundo que esqueceu, mais você lembra e que quanto menos você gritar, mais facilmente esquecerá.

Estou aprendendo que dizer tchau é um troço chato pra caramba, principalmente quando a gente tem que dizer mesmo sem querer, quando a gente tem que dizer pelo outro, que parece não ter coragem de fazer.

Ainda preciso aprender que o mundo está cheio de corajosos, que se orgulham de serem desbravadores, mas que morrem de medo do amor.

E de amar.



- Posted using BlogPress from my iPhone

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Melhor texto


Sexo sem compromisso pode até ser legalzinho, mas você já transou com alguém e no dia seguinte quando acordou e viu essa pessoa ao seu lado sentiu algo como orgulho e carinho?

Sexo com gosto de uma noite é legal, mas você já sentiu o gosto de um beijo bem dado? Um beijo que acorda teus desejos e te faz sentir como se estivesse aprendendo algo que a vida ainda não tinha lhe dado?

Conheço muitas pessoas que estão nessa de transar com os números, com a quantidade, fazendo teste e comparando cada uma das transas: O que escuto dessas pessoas? É que a cada orgasmo sentem um vazio maior.

A gente fica procurando essa pessoa que nos faça querer mais, alguém com um cheiro o qual gostaríamos de sentir todas às noites em nosso travesseiro, alguém que faça esquecermos das roupas jogadas pelo quarto.

Mas estamos errando em escolhas e a cada pessoa errada cresce a distância entre o simples sexo e o sexo com sentimento. Até que um dia, sem perceber, não acreditamos mais nisso, o sexo vira um prazer momentâneo que dura poucos minutos.

Estamos ficando bons nisso... em comparar. A gente não sabe mais o que é dizer: 'Pode ficar aqui, vamos pedir algo para comer e começar tudo de novo'. Sexo é bom, mas a gente esqueceu o principal, o vínculo, a ligação, o ponto de equilíbrio que faz nos importarmos com alguém tanto quanto com nós mesmos.

Sexo por sexo é apenas mais uma das formas de ego, um egoísmo que cobra seu preço. E um dia você percebe que, aquilo que deveria lhe preencher, se tornou apenas mais um vazio.

Nós estamos enjoando do sexo, aí tentamos trocar de pessoas, de rostos. Mas o problema não está em repetir a pessoa e sim repetir pessoas erradas, pessoas com as quais não tivemos tempo de criar vínculos.

Sexo com gostinho de uma noite pode até ser bom, mas sexo com gosto de 'te quero para sempre', é esse o único sexo que um dia perceberemos ter valido realmente a pena.

Felipe Sandrin


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Um mês




Oi, amorzinho. Como estão as coisas aí em cima? Aposto que está sentado ao lado de São Francisco, fazendo companhia a ele.
Você nunca gostou de ficar sozinho, sempre precisou estar perto da gente. Aposto também que está enchendo o céu de pelos escuros.
Está fazendo um mês que você ganhou asas e voou.
Por aqui está tudo mais ou menos. Eu sigo sorrindo para o mundo enquanto choro por dentro, mas percebi que é isso que esperam de mim, que eu continue a sorrir.
A verdade é que não é todo mundo que é capaz de entender essa dor, só a entende quem já a sentiu, pra muitos, era apenas um cachorro, mas sabemos que você nunca foi só isso para nós, e é por isso que ainda faz tanta falta, a casa não é a mesma sem você.
Outro dia a Vi chorou porque estava com saudades e eu juro pra você, meu bochechão, eu tentei ser forte, mas há um limite até para uma mãe, choramos juntas porque a dor de uma, é a dor da outra.
Outro dia também, comemos lanche do MC Donald’s e senti a sua falta para dividir a minha batata por debaixo da mesa.
Você faz falta.
Tô aqui, torcendo para que o dia em que a dor e a saudades deixará espaço apenas para as boas memórias, até lá, sigo sorrindo e chorando.
Espero que esteja bem aí em cima.
Com amor.
Mamãe.



- Posted using BlogPress from my iPhone

quarta-feira, 23 de maio de 2018

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Expectativas







Só afirma que criar expectativas não é bom, quem nunca sentiu o gostoso gelo na barriga que antecede um possível beijo. É essa expectativa, o nervosismo, as mãos suando e até as pernas bambas, que tornam o esperado beijo tão importante. Diria até, que essa expectativa, algumas vezes, pode ser até mais gostosa do que o próprio beijo.

Naquela noite, ele encostou a mão nas costas dela e caminharam juntos, lado a lado, conversando como dois velhos amigos.

Naquela noite, a mão dele deslizou pelo braço dela e tocou a sua mão. Ela sentiu seu corpo vibrar com aquele toque.

O toque da expectativa.

Naquela noite, a mão dele deslizou para cintura dela, apenas para mostrar a ela que a expectativa nem sempre era algo ruim.

Naquela noite eles se olharam e sorriram um para o outro.

Naquela noite, eles iam se beijar.

Naquela noite, ela se apaixonou um pouco mais por ele. E não foi porque se beijaram, porque o beijo não aconteceu. Ela se apaixonou um pouco mais por ele por causa das sensações que ele era capaz de causar nela antes mesmo de beija-la.

Naquela noite, ela se apaixonou por quem ela viu, ele não era apenas o cara dos seus sonhos, ele era o cara com quem ela podia simplesmente ser ela mesma.

Naquela noite, eles não se beijaram, mas conversaram como se fossem um velho casal de namorados, daqueles que só existem em filmes, daqueles que conversam sobre tudo e de tudo.

Foi naquela noite, por causa da expectativa do beijo que não aconteceu e da conversa despretensiosa, que ela, que achava que já o havia superado, se deu conta de que mil anos poderão passar e ele, somente ele, será capaz de fazê-la sentir a gostosa expectativa... De estar com ele.

Porque ela, sempre será apaixonada por ele.
E porque por mais que doa às vezes, criar expectativas, pode ser algo bom. Se você se pemitir sentir.


- Posted using BlogPress from my iPhone

domingo, 13 de maio de 2018

quarta-feira, 9 de maio de 2018

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Adeus, meu chinês



Eu já senti vários tipos de dor. Vários mesmo. Mas nunca havia sentido essa dor: a de ver o exato momento em que o seu coração parou de bater. Doeu muito. Ainda dói.
Você não me acordará mais pela manhã pra eu abrir a porta pra você ir urinar, não sentará mais em frente à gaveta dos seus biscoitos - que aliás, ainda está cheia deles -; não colocará mais a pata em meu colo em um pedido de carinho, não assumirá mais o sofá nos domingos de manhã quando o papai sair para andar de moto, eu não deixarei mais você subir escondido do papai na cama ou sofá como a gente fazia, a gente não vai mais brincar de guerra de braço e eu não vou mais te dar bata frita do Mc Donald’s por debaixo da mesa.
Você não vai mais abanar o rabinho pra mim quando eu chegar do trabalho e nem ir atrás do papai pra brincar com ele quando ele chegar. Você não vai mais esperar a van trazer a Victoria da escola, eu nunca entendi como você sabia o horário exato em deveria ir para o portão. Eu não vou mais ouvir você resmungar na porta do quarto nas minhas tentativas frustadas de fechá-la e deixá-lo para fora, você sempre quis estar presente, perto de nós.
Você não vai mais perseguir luzinhas no chão e nem tentar comer a parede. Não vai mais fugir do quarto quando eu ligar o secador.
Você não vai mais me fazer companhia, deitado de frente à minha estante de livros enquanto eu escrevo. Meu Deus, como vou sentir falta disso!
Você não vai mais comer pão de queijo. E também não vai mais se jogar no colo da vó quando ela vier em casa e se sentar no sofá.
Você não vai mais roubar as meias da Victoria ou do papai, nem comer o led da cortina, não vai mais me olhar com aquele olhar de que sabe que fez arte, nem com aquele olhar de “ me faz um carinho?”.
Você partiu.
Eu o vi partir.
Eu orei por você.
Eu já estou com saudades.
Eu amo você.
E eu só tenho a agradecer.
Foram mais de nove anos de momentos felizes ao seu lado, nove anos bem vividos. Você foi tema de festa de aniversário da Victoria, que aos 5 anos, disse que queria você como decoração, você foi o irmão que nós não demos a ela, um irmão peludo e com língua roxa, você foi a nossa melhor escolha, meu bebê chinês preto de olhos rasgados. Obrigada por tudo. Faça a festa aí em cima!



- Posted using BlogPress from my iPhone

domingo, 29 de abril de 2018

Escolhas que nos destroem




Eu hoje me preparo para o que será um dos dias mais difíceis da minha vida.
A gente não nasce pra perder as pessoas que amamos. E também não nascemos pra perder o animal que amamos.
Amanhã, a nossa escolha trará um imenso alívio a ele, que já não levanta mais e já não come há dias, mas trará a maior dor do mundo para nós, que durante 9 anos, o amos, mimamos, brincamos e compartilhamos uma infinidade de momentos de alegria.
Hoje meu coração está despedaçado porque não há outra saída ou outra escolha. O amor não pode nunca, jamais, ser justificado com qualquer ato de egoísmo, mantê-lo por mais tempo conosco nesse estado, seria no mínimo egoísmo e também cruel.
As palavras que tanto quero dizer para expressar essa dor, saem de mim em forma de lágrimas e eu tendo ser forte porque minha filha está sentada ao lado dele há uma hora, em uma despedida silenciosa, mas eu não consigo ser forte por ela e nem por mim, porque a verdade é que a força está justamente nas lágrimas salgadas e repletas de sentimentos contraditórios como dor e amor, gratidão e dúvidas, desespero e conforto.
Temos apenas mais 24 horas ao lado desse ser que para nós, é quase humano. Acreditem, ele conversava com a gente ( e entendia quando a gente conversava com ele). Não serão as 24 horas mais difíceis porque sei que difícil mesmo será a partir de amanhã, quando pela casa, já não verei mais meu chinês preto de língua roxa soltando pêlos pela casa, mas serão as nossas últimas 24 horas juntos. Então, meu amorzinho, se temos o só por hoje, que seja pleno.


- Posted using BlogPress from my iPhone

segunda-feira, 23 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Sem defesas




Encostada na parede, ela o observou enquanto ele lutava para esconder a sua falta de jeito.
Ele odiava quando era colocado em situações em que se sentia exposto, todos seus passos eram sempre meticulosamente calculados e planejados, mas, mesmo assim, o seu desconforto com o improviso não era assim tão perceptível, somente os mais atentos, como ela, conseguiria reconhecer que ele estava sem defesas, as defesas que ela tanto ama ver sumir.
Ah, se ele soubesse como ele fica fascinante quando está sem elas, as abandonaria mais vezes...

- Posted using BlogPress from my iPhone

segunda-feira, 26 de março de 2018

domingo, 18 de março de 2018

Broken

Essa música não requer postagem. Não requer textão e nem explicação.
Ela é aquele tipo de música pra se ouvir na varanda de casa olhando para o céu, ou na cama solitária com fones de ouvidos no volume máximo, ou ainda, embaixo do chuveiro enquanto repensa em todas  as suas escolhas que o a fizeram chegar onde hoje está.
Essa música é grito. É poesia. É você. Sou eu. E tantas outras pesssoas.


(Broken - Jack Bugg)


quarta-feira, 14 de março de 2018

quinta-feira, 1 de março de 2018

Palavras, mentes confusas e verdadeiras






Eu admiro quem sabe sustentar uma boa conversa, que é capaz de falar sobre o sistema solar, Deus, E.T’s, a influência da lua nas marés e nos signos, que conta sobre as suas histórias malucas da adolescência, que fala sobre seus medos, sexo e o que o deixa feliz.

Gente que admite as mentiras que já contou, que fala sobre sua cor favorita, fruta e viagem dos sonhos.

Gente que me desperta emoções, me faz sorrir e que também é capaz de me fazer chorar.

Gente que abraça com o olhar, quem admira os detalhes e repara no simples.

Eu não tenho paciência para pessoas rasas, que sabem falar sobre a marca da camisa que usa, mas incapaz de conversar sobre as tragédias mundiais. Eu admiro mesmo é quem tem profundidade.

Gosto de gente que se entrega e se envolve, que olha nos olhos mesmo que seja apenas para oferecer um café, gosto de gente que causa sorrisos, ou talvez suspiros e até arrepios.

Gosto de quem não tenta ser perfeito. Que não finge ser, que apenas é, com suas qualidades e defeitos.

De quem não tem medo de assumir que já amou certo a pessoa errada e já amou errado a pessoa certa.

Eu gosto mesmo é de mentes confusas e perturbadas, essas me encantam e me atraem, porque são as mais agradáveis, divertidas, sinceras e transparentes, mesmo quando se esforçam para não ser.

Não tenho paciência pro trivial “ e aí, tudo bem?”.

Gosto de quem se interessa e admiro quem se importa.


- Posted using BlogPress from my iPhone


domingo, 25 de fevereiro de 2018

O pássaro e o peixe


"Um pássaro pode se apaixonar por um peixe, mas onde irão fazer o seu ninho?"

Há pessoas que são como pássaros e peixes, ar e água, por mais que queiram ficar juntas, não podem, porque é contra as leis da natureza que fiquem.

O pássaro e peixe podem até se amar, mas serão obrigados a conviver com as barreiras de um amor impossível, pois, não existe para eles, um lugar.

Eles poderão sempre caminhar na mesma direção, mas cada um em seu lugar. O peixe irá ver o pássaro agitar as asas no ar e o pássaro poderá acompanhá-lo através das ondas do mar.

De vez em quando,os seus olhares irão se encontrar e por frações de segundos, como se nada os impedissem, irão se amar, até que sejam novamente impulsionados pelas correntezas do céu e do mar.

E nos dias tristes, eles irão se lembrar de que mesmo que juntos não podem ficar, eles nasceram para se amar.





domingo, 18 de fevereiro de 2018

Talvez, alguém que não existia





Ele era o tipo de pessoa que feria pela falta de habilidade de expressar sentimentos e curava com capacidade de reparar e lembrar de cada detalhe dela.

Ele tinha medo de demonstrar suas fraquezas, talvez por acreditar que elas resumissem quem ele era, ele não fazia ideia de que elas o tornavam ainda mais especial.

Ele era aquele tipo de cara que nasceu para desafiar o mundo e que por isso,não conseguia ficar muito tempo no mesmo lugar. Ele temia criar raízes e nunca mais poder voar.



Ele era tempestade e calmaria.



Ele tinha tantos desejos, mas, não ousava dizê-los em voz alta por temer a incompreensão. Somente almas como a dele, seria capaz de entendê-lo e apoiá-lo. Almas que também buscam algo.



Ele era curioso e dono de uma coragem invejável, ou, uma suposta coragem, porque ele não temia altura, profundidade ou velocidade, mas temia o inevitável: se apaixonar.



Ele era alegre e contagiante, sua sua voz cadenciada e sua risada quase que sarcástica, fazia com que todos o adorassem. Era hiperativo como uma criança, precisava fazer várias coisas ao mesmo tempo, sua mente não dava trégua nunca.



Ele gostava de ter opções, mesmo tendo dificuldades de escolhê-las, ele precisava tê-las, porque ele sabia que se cansava fácil das coisas, dos projetos, das pessoas.



Ele era o cara que fazia acontecer, que irradiava luz, que emanava alegria, que escondia tristeza, que fingia frieza.



Ele não sabia quem ele era. Ele não sabia que, era quase tudo para ela.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Sempre é





Às vezes me perguntam se realmente acredito na mensagem que passo em meus livros, sobre o tal momento certo, bem, apesar do nome do primeiro livro ser Momento Errado, eu nunca acreditei que foi para Manuela e o Leonel, o momento errado. O sentimento que nasceu por causa dos “momentos” deles, são a prova disso, e em Momento Certo, essa certeza fica clara com algumas passagens da Manu e algumas lembranças do Léo, afinal, o segundo livro foi escrito baseando-se em um dos ensinamentos da Índia chamado as quatro leis da espiritualidade:

A primeira lei diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa”.

Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.

Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo”.

Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, ele termina”.

Estamos nessa vida para viver inúmeras experiências, e se continuarmos sempre voltando as mesmas páginas deixaremos de ler outros livros maravilhosos que só estão aguardando por uma chance para entrar em nossas vidas. Por isso vire a última página sem dor no coração e pegue o próximo livro.

Surpresas maravilhosas estarão te esperando, basta você abrir o livro e começar a ler esse novo capitulo da sua vida.


- Posted using BlogPress from my iPhone

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Um brinde ao abraço

(Talvez essa seja a melhor música para esse texto)

Dizem que o tempo tudo cura.
Eu descordo. É o abraço que cura tudo, é a troca de energia que acontece mesmo em tão poucos segundos, é a forma como o corpo relaxa nos braços de quem está nos abraçando, é querer ver o rosto dela no momento do abraço só pra saber se ela sorri e fecha os olhos como a gente.

Não, o tempo não tem esse poder. Ele por exemplo não alivia a dor da saudade, ele apenas a camufla, já o abraço, ele faz milagres, em segundos, e por segundos, ele afasta a saudade, que é um dos sentimentos mais controversos que existe, e preenche o coração da gente. Ele sim cura tudo.

O abraço reconstrói aquilo que parece que estava quebrado, restaura as rupturas dentro de nós e religa as nossas emoções.

Ele também desarma escudos, escala montanhas, rompe barreiras.

Às vezes, a gente só descobre a importância de um abraço, quando se precisa de um.

Abraço é aperto. É segurança. É a tal proteção que nenhuma força tática é capaz de oferecer.

Ele é calmaria e também o caos. É pernas tremendo ou lágrimas escorrendo. É a aquela sensação de lar, só que em uma pessoa.

Não tem sensação melhor do que abraçar alguém que se ama, ouvir as batidas do coração dela e fazer daquele som, a sua melodia favorita.

Quando a gente tá nos trilhos do trem tentando correr para não ser esmagado, quando a gente tá no escuro com medo de caminhar, quando por algum motivo, nosso coração está quebrado e parece não ser mais capaz de colar, tudo o que precisamos é de uma panela de brigadeiro, ou, um bom abraço.


- Posted using BlogPress from my iPhone

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Para aqueles que se encontram...


Aceitar um encontro com você é tipo a porta de entrada para vícios maiores, como aquela vontade maluca de sempre estar junto e, você sabe, somos perfeitos demais entre quatro paredes e imperfeitos para o mundo. Recusar, é condenar a mim mesma a um castigo que nem sei se mereço, é me trancar em uma cela e arremessar a chave no rio que deságua no oceano.

Quando estamos juntos, somos tão bons sendo nós dois, que a vida lá fora se torna insignificante. Somos um quebra cabeça de duas peças, o encaixe perfeito que faz a roda gigante girar dentro de mim e me leva a gritar mentalmente aquilo o que eu não posso dizer.

Enquanto casais escancaram para o mundo o seu amor, compartilham fotos de mãos dadas ou colecionam curtidas na atualização de status de relacionamento, a gente se funde, se encontra, se perde, se reencontra, se encanta, na solidão de dois corpos nus, sem ressalvas, sem medos, sem julgamentos.

É no silêncio das palavras, que habita aquilo que nos une, que nos torna fogo, paixão, tesão e compreensão.

A gente dá certo assim, no calor da pele molhada, na risada abafada, na despedida calada.

É em nosso paraíso secreto que soltamos nossas angústias, dividimos nossos sonhos, expomos nossos medos e escondemos nossos sentimentos. Em nosso pequeno mundo, onde tudo é permitido, a gente sabe que há mais amor e cumplicidade do que em muitas fotos de Facebook.
Escolhemos assim, não dividirmos com os outros aquilo que é tão bom ser somente nosso. Pertencemos um ao outro, estejamos juntos ou não, esteja você em nossa cama, ou em uma outra qualquer, somos um imã gigante atraindo o melhor e o pior de cada um.

E que sejam felizes aqueles que dividem uma vida diariamente, tão quanto somos nós, que dividimos esporadicamente. Que se amem escandalosamente, assim como fazemos silenciosamente.


- Posted using BlogPress from my iPhone

domingo, 21 de janeiro de 2018

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Dessa vez



Dessa vez vai ser diferente. 

Você não vai entrar de mansinho, colocar um vinil meu pra tocar, entre um elogio e um beijo, enquanto saboreamos uma xícara de café, ou talvez, uma taça de vinho, para então, de repente, se lembrar que tem algo mais importante a fazer do que ficar comigo.

Dessa vez vai ser diferente, você não vai estar em todas as coisas, em todas as músicas, em todas as histórias e todos os lugares. 

Dessa vez vai ser diferente, eu é quem vou estar no controle das minhas emoções, nós inverteremos os papéis, eu serei como você, fria, calada, escondida em uma concha, e você saberá como é ser eu, tentando alcançar o inalcançável.


Dessa vez você não vai entrar em meu coração, me fazer acreditar que posso ser amada e depois partir como fez da última vez, deixando a porta aberta, uma ferida que ainda não cicatrizou, não, você não vai acabar com o que levei tempo para restaurar, dessa vez, você só vai entrar, se for capaz de me amar pelo tempo que ficar. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...