domingo, 18 de fevereiro de 2018

Talvez, alguém que não existia





Ele era o tipo de pessoa que feria pela falta de habilidade de expressar sentimentos e curava com capacidade de reparar e lembrar de cada detalhe dela.

Ele tinha medo de demonstrar suas fraquezas, talvez por acreditar que elas resumissem quem ele era, ele não fazia ideia de que elas o tornavam ainda mais especial.

Ele era aquele tipo de cara que nasceu para desafiar o mundo e que por isso,não conseguia ficar muito tempo no mesmo lugar. Ele temia criar raízes e nunca mais poder voar.



Ele era tempestade e calmaria.



Ele tinha tantos desejos, mas, não ousava dizê-los em voz alta por temer a incompreensão. Somente almas como a dele, seria capaz de entendê-lo e apoiá-lo. Almas que também buscam algo.



Ele era curioso e dono de uma coragem invejável, ou, uma suposta coragem, porque ele não temia altura, profundidade ou velocidade, mas temia o inevitável: se apaixonar.



Ele era alegre e contagiante, sua sua voz cadenciada e sua risada quase que sarcástica, fazia com que todos o adorassem. Era hiperativo como uma criança, precisava fazer várias coisas ao mesmo tempo, sua mente não dava trégua nunca.



Ele gostava de ter opções, mesmo tendo dificuldades de escolhê-las, ele precisava tê-las, porque ele sabia que se cansava fácil das coisas, dos projetos, das pessoas.



Ele era o cara que fazia acontecer, que irradiava luz, que emanava alegria, que escondia tristeza, que fingia frieza.



Ele não sabia quem ele era. Ele não sabia que, era quase tudo para ela.

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