domingo, 19 de fevereiro de 2017

Por mais frio na barriga, por favor!


Eu gosto de pessoas que sorriem sem medo, que quando sorri, a sua alma pode ser vista através dos seus olhos. Gosto de quem não tem medo de se mostrar para o mundo. Eu admiro e aplaudo aquele que se arrisca e que aceita os riscos de ser feliz.

Eu tenho tédio de gente medrosa, que se esconde atrás de suas próprias fraquezas, como se elas fossem algum tipo de pecado capital. Eu gosto mesmo é de quem tem coragem de mostrá-las ao mundo, de quem não se importa com o que esse mundo vai dizer sobre elas.

Mostrar ao mundo as nossas fraquezas, é um ato de coragem.

Me cansa, aquele que vive pela metade. Eu sou fã da intensidade e não saberia viver sendo somente metade de mim mesma. Sou do tipo que se joga. O "vamos deixar como está para ver como é que fica" não funciona comigo.

Se tiver que ver como vai ficar, que seja agora. Nesse momento.

Tenho preguiça de gente que se enche de autopiedade, que culpa o carteiro, o cachorro, a chuva (ou a falta dela), o carro, o celular, a secretária do dentista, o azedo do abacaxi, o amargo do jiló, mas, que é incapaz de ver que é o culpado por boa parte do que lhe acontece hoje.

Se quiser obter resultados diferentes, faça algo diferente.

Vivemos na era dos "jogos emocionais", onde tudo (para alguns) é conquistado a base dos tais jogos. "Eu não vou ligar para ele e assim, ele vai sentir saudades e vai me procurar". "Vou fingir que não me interesso por ela, e assim, a terei nas minhas mãos". "Quanto menos eu demonstrar, mais ele vai gamar". Me encanta quem não se submete a esse tipo de jogo. Quem tem coragem de ser e dizer. Quem se permite pagar mico, quem abre o seu coração como se estivesse escancarando as portas da varando de um quarto de hotel na beira da praia.  Eu gosto daqueles que se atravem.

Já dizia Charles Chaplin: O mundo pertence a quem se atreve. Alguém duvida? 

Não tenho paciência com quem esconde sentimentos, segura palavras, contém atos. Faz parte da felicidade nos entregarmos, nos permitimos sentir, nos jogarmos de cabeça naquela paixão maluca-insana-arrebatadora. Se você passar a vida toda se segurando com medo de sofrer, o mínimo que te acontecerá quando já não tiver mais tempo de se arriscar, é sofrer por ter tido medo de sofrer.

Seja você e pague para ver! 

Por sorrisos mais espôntaneos. Por pessoas sinceras. Por sentimentos verdadeiros. Por mais banhos de chuva. Por mais pés descalços. Por mais "Eu te amo" e menos "eu tenho medo de amar". Pela coragem de ser. E também deixar de ser. Pela audácia de amar. E sim, também pela coragem de se jogar. Por momentos felizes. Por mais momentos felizes.

Por mais frio na barriga, por favor.

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