Decididamente ela não domina a arte de não criar expectativas. Como poderia, se ela faz parte do clube das intensas? É mestre em se frustrar.
Ela entende perfeitamente o que Antonie de Saint-Exupéry quis dizer com a frase: "se tu vens às quatro, desde às três eu começo a ser feliz". Essa é ela, cultivando e adubando as expectativas, diria até que ela as coloca no colo e canta uma canção de ninar para elas, mesmo sabendo que muitas vezes, elas podem crescer e a devorar, como agora, ela criou um monstro, uma big expectativa e está prestes a ser engolida por ela, se aprendeu a lição?
Não, claro que não, na próxima oportunidade lá estará ela, cantando a canção novamente.
Ela é totalmente expectável, mesmo que essa palavra não exista. Ela é a pessoa mais suscetível às frustrações da face da Terra. Tudo porque ela teima em acreditar no inacreditável, sim, ela também é teimosa e um tanto quanto corajosa.
Ah... Se ela soubesse pelo menos não se frustrar consigo mesma por ser assim, tão vulnerável!
Mas o que seria dela sem as expectativas para se agarrar? Elas são a sua ruína e também a sua esperança, um paradoxo perfeito.
Fazer o que se ela acredita que quem não cria expectativas, também não vive? Entre se decepcionar ou deixar de curtir os pequenos momentos, ela fica com a segunda opção, ela escolhe o frio na barriga, a ansiedade gostosa, a decepção e frustração são apenas um preço, talvez grande, que ela paga algumas vezes por ser tão... tão otimista.
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