terça-feira, 17 de outubro de 2017

A mania de apenas achar


Essa é a história dela. Mas podia ser sua ou de qualquer outra pessoa. 
Essa é a história da garota que como qualquer outra, quando está apaixonada, acreditou que teria encontrado a sua alma gêmea (existe mesmo?), e como uma boa boba apaixonada, não se cansava de exaltar as qualidades dele: bonito, inteligente, divertido, engraçado, sexy... mas, o que ela mais gostava nele, não eram as suas qualidades, não era sobre ele, era sobre ela, era como ele a fazia se sentir, era como se ela se tornasse outra pessoa ao lado dele ou sob o efeito e influência dele, ele a fazia ir além, a fazia questionar coisas que antes, lhes eram banais, a fazia sonhar com coisas que até então, nunca se permitira sonhar, talvez, por achar que não merecia. Ele a fazia acreditar que merecia. Seja lá o que fosse, ela merecia. 
Mas, como essa história, que é dela,  poderia ser de qualquer outra pessoa, não poderia fugir a regra de ser apenas mais uma história, não é mesmo? Aquela em que a gente cria quando entra no estado da paixão cega, pra depois descobrir que tudo não passou de um simples “achar”. 

E o mesmo achar que construiu essa história, (o achar que havia encontrado a tal alma gêmea) destruiu algum tempo depois (ao achar que na verdade, ela não existiu). 

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