terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Foi um sonho,mas foi real



Foi como uma explosão em câmera lenta e depois, o silêncio. Tudo ao redor congelou, provavelmente os ponteiros do seu relógio de pulso diriam que o tempo continuou a correr, mas para ela, foi como se ele tivesse parado naquele exato momento em que ela o viu. Não havia vozes, não havia pessoas, não havia mais nada, somente ela, perdida em seu próprio mundo, tentando não ser arremessada para fora dele, segurando desesperadamente no pouco de sanidade que lhe restava enquanto dizia para si que era um sonho e que ela precisava acordar dele.

Foi rápido. Mas foi real. 

Era real. Tinha que ser. Ela conhecia aquele olhar, ele já a havia desafiado tantas vezes antes, já a havia despido sem nem sequer tirar a roupa dela, já a havia alegrado quando não cabiam palavras. Era o olhar dele. Era ele.

E então, mesmo sem sair do lugar, mesmo rápido, ela o envolveu em seus braços e o abraçou enquanto aconchegou a sua cabeça em seu ombro e inalou o seu cheiro. Ela estava no paraíso. Estava onde sempre quis estar. Estava onde já não tinha mais esperanças de estar.

Quanto tempo é necessário para se matar aquele sentimento chamado saudade?

Ela matou.Era ele. O "seu ele".  Foi rápido. E não foi real. Mas mesmo assim, ela matou.

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