domingo, 2 de fevereiro de 2014

O que eu quero dizer...

E foi lendo um poema do Leminski que a ficha parece ter caído, foi como se ele, quando o escreveu, tivesse escrito para mim, quando ele diz: "O que quer dizer, diz. Não fica fazendo o que, um dia, eu sempre fiz." Ele está sim, dizendo isso para mim e bem, você me conhece bem, não é mesmo? Você sabe que eu levo meio a sério esse negócio do destino, você sabe que eu acredito que há por aí, uma força cósmica maior do que tudo e que essa força nos rege, nos move, nos para, nos segura, nos incentiva e também nos retém. Então, talvez, tenha sido essa mega força cósmica que me fez ler esse poema e me fez de uma vez por todas, dizer o que eu sempre quis.

Leminski diz que, só dizendo num outro o que, um dia, se disse, um dia vai ser feliz. Pois é, eu tô cansada de cultivar essa dor e acho que esse é o dia. Na verdade, esse dia já devia ter acontecido, desde o dia em que vi em seus olhos e ouvi em seu silêncio tudo aquilo o que eu não estava pronta para ver e ouvir. A sua fala do papo incrível, sexo ótimo e vontades parecidas, era nada mais do que você dizendo adeus a tudo o que nós possivelmente poderíamos ser. Eu sei, você não é de se aprofundar. Agora eu sei. No começo, eu pensava que era apenas você se escondendo de você mesmo, tentando fingir nada sentir porque eu acreditava que esse mundo de gostar era um pouco estranho para você, mas, eu errei, você sempre falou a verdade e eu é quem arranjei uma desculpa para a sua verdade. Você não é de se aprofundar, não porque tem medo de fazê-lo, mas, sim porque esse é você, o cara que se cansa fácil das coisas, pessoas, experiências.

No fim, eu percebi que contei uma grande mentira pra mim mesma, quando eu dizia que você tentava ser na verdade, uma pessoa que não era, eu mentia pra mim, dizendo que você no fundo era o oposto do que se mostrava pra mim, que essa casca, era na verdade o seu medo camuflado. Quão tola eu fui, você sempre foi real e eu é que não percebi que o seu real, era o oposto do que eu achava que era, eu lhe criei uma fantasia de príncipe, um príncipe que você nunca propositalmente quis ser.

Então, agora, eu digo, éramos bons, mas, não um para o outro.

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