[ Que tal ler esse post ao som de Radiohead - Creep]
Você me pergunta se está tudo bem entre a gente, digo que sim, você responde dizendo que pareço fria e distante, eu digo que não. E eu minto para você pela primeira vez. Você responde, dizendo que não sorrio mais para você e foi aí que você me pegou...
Você notou... Não tenho mais sorrido para você, há cerca de uma semana, meu sorriso travou no modo fechado, passo por você e ele não vem, diferente de antes, em que não só a minha boca, mas, o meu corpo todo sorria ao te ver. Você notou e eu fiquei feliz por isso, mesmo sabendo que é apenas o seu jeito reparador ser.
E então eu me dou conta de que acabei travando uma guerra invisível contra você, uma guerra de orgulho, a guerra do ego. Do meu ego, que tá ferido, dilacerado, despedaçado, desesperado. É sim, desde que você assumiu ter encontrado um outro alguém, meu ego entrou em um processo lento de definhação, fazendo com que o meu orgulho fosse acionado e a guerra travada.
Sabe aqueles vendedores que batem na nossa parta no sábado cedo para oferecer algo que não precisamos? Então, é meio assim que me sinto em relação a você.
As regras da batalha são claras: Não demonstrar, não assumir para quem sabe um dia, não mais sentir.
Agora, luto para não demonstrar que me importo com você, luto para não assumir o quanto você me faz falta, luto para não perguntar como foi o seu dia e dentro da regra do não demonstrar, acabei criando várias outras regras, como não dar o primeiro passo, não mandar a primeira mensagem, não falar o primeiro oi, não fazer o primeiro elogio. E então, nem por um milhão em diamantes, eu posso dar o primeiro passo novamente, nem por um bilhete premiado, eu posso ser quem eu era antes.
Eu pego o celular e por mais de dez vezes digito o seu nome para lhe mandar uma mensagem e por dez vezes eu apago, eu clico sobre o seu nome na rede social para lhe falar oi quando lhe vejo on e volto atrás, fechando-a em seguida.Você vai achar idiotice, eu sei, mas é que você não está do lado de cá, onde meu ego e orgulho estão totalmente desesperados devido a sua ausência, e foi com a sua ausência que descobri que o orgulho é coisa para idiotas, mas também, às vezes, ele nos faz não passar por idiotas.
E assim, eu só não quero passar por idiota, e foi por isso que os sorrisos, eu não dei.
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