sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O caos que eu gosto.

[ Leia ao som de Coldplay - Paradise ]

E 2013 foi para mim um ano caótico. E como eu amo o Caos! Foi daqueles anos, tipo começando do zero, sabe? Daqueles que vira tudo de ponta cabeça e ainda dá uma chacoalhada para garantir que nada ficará no lugar. Ah, essa sensação que o caos provoca na vida da gente é tão boa, nos faz sair da nossa zona de conforto e dá aquele empurrão para que possamos buscar aquilo que queremos. Isso não é fantástico?

Há quem discorde, é claro. Sei que muita gente teme esse caos, não posso julgar quem assim se sente, afinal, sair da nossa zona de conforto quase sempre nos traz consequências, mas, para mim, o magnífico nisso tudo, são exatamente as consequências, tipo efeito borboleta, onde o bater das asas dela aqui, é capaz de desencadear uma sequência de fenômenos  meteorológicos do outro lado do mundo. Gosto de acreditar que essas consequências podem na verdade, ser recompensas. A gente nunca sabe o que vai ser, mas, por isso, quando digo que esse ano foi para mim, um caos, estou simplesmente afirmando que ele foi um ano de consequências e recompensas.

Parafraseando com a Cássia Eller:, o segundo sol chegou para mim nesse ano, realinhando as órbitas dos planetas. Algumas estrelas, se apagaram, mas, tantas outras nasceram que nem tive o direito de reclamar o brilho que se apagou. Fiz escolhas. Algumas escolhas me fizeram. Recomecei a minha lista, e esse foi um dos efeitos do caos, saí da pequena e aconchegante zona de conforto e recomecei linha por linha, a escrever os meus desejos. Isso, me levou à alguns passos mais próxima de realizá-los.

Talvez, o mais próximo que eu chegue de sentir a sensação de ficar sem ar ao voar de parapente, seja dentro daquelas salas de simulação, talvez, minhas pernas travem quando eu precisar delas para subir no cesto do balão, talvez, demore muito para eu conhecer a Noruega, talvez, eu vá somente para a Irlanda. Talvez, eu não mude a vida de ninguém, talvez, eu volte a fazer psicologia. Talvez, eu presencie um milagre. Não, espera, para esse item da lista, eu não permito de forma alguma o talvez. Tenho esperado por esse milagre há algum tempo, não posso dar a ele a chance de talvez acontecer. Mas, talvez, eu escreva pelo o resto da minha vida e algum (ou vários) dos meus livros, venha a se tornar um "best-seller". E por que não? Talvez, eu compre a casa dos meus sonhos. Talvez, eu refaça essa lista várias e várias vezes.

Talvez, nada mude no ano seguinte, inclusive tudo, entretanto, sem dúvida, 2013, foi para mim o melhor ano caótico de todos. Sou grata por cada consequência e recompensa que esse caos desencadeou. E que o meu próximo ano, seja tão absurdamente caótico quanto esse. E que assim seja.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O amor, é coisa de gente fraca.

[ Leia ao som de Of Monsters and Men - King and Lionheart ]

Não é pra todos. Para dizer a verdade, é para poucos. Poucos são os que se arriscam nas tortuosas trilhas do tal amor. Alguns, até se atrevem a percorrê-las, cheios de coragem, mas, poucos quilômetros depois, desistem e buscam o primeiro atalho que os levará para um lugar seguro. Retornam para as suas conchas. Ele não é também para quem não tem jogo de cintura para superar os obstáculos que surgem no decorrer da trilha. E como há obstáculos nessas trilhas. O amor, é para quem tem coragem de abrir os braços e gritar para o mundo que está amando, é para quem não tem medo de escorregar e se ralar nas temíveis decepções que com ele caminham.

Estar em "estado de amor", é se permitir ser tolo, ridículo e patético. É perder a respiração na tentativa de guardar por mais tempo o cheiro gostoso da pessoa amada, é fechar os olhos e rir sozinho com a doce lembrança do último beijo. É desenhar corações em qualquer papel em branco que vê pela frente. É ouvir Taylor Swift e cantar com ela, sentindo como se cada música foi escrita especialmente para você. É chorar. Rir. Se contorcer de dor por dentro. Suspirar com um abraço. É andar no escuro e correr riscos. É saber recuar. É ter convulsões de sorrisos e epidemias de lembranças que não se apagam.

Os corajosos que se atrevem a senti-lo, sabem que amor, é coisa de gente fraca, fraca demais para temer senti-lo, fraca demais para passar pela vida sem experimentar o gostinho de tirar os pés do chão e caminhar nas nuvens como se elas fossem de algodão. É coisa de louco, e para louco, sabe? E como é bom ser louco.

Amar, é começar. Recomeçar. De novo. E novamente. É perder as esperanças. E as forças. E ainda sim, se sentir forte para se arriscar a senti-lo novamente. É acreditar, mesmo quando todas as circunstâncias, dizem que você deve desistir.

O amor, é para poucos, porque ele não é um lugar como muitos pensam, nele, não há a tão sonhada calmaria. O amor, é um caminho, que só percorre, quem tem medo. Medo de não senti-lo.


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